MINHA VIDA!

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Balanço 14ª Semana do Futebol Sergipano

O esquema de Fahel Junior + Os pecados do Itabaiana
O Balanço 14ª Semana do Futebol Sergipano tem como destaque a chegada de Fahel Junior ao Confiança e faz uma análise da atual situação do Itabaiana.
No primeiro caso o texto Fahel Junior entendeu o recado da torcida buscará analisar a opção tática do novo treinador azulino, fazendo principalmente aquilo que Nadélio Rocha teimou em não fazer, e prejudicou seu trabalho no Dragão do Bairro Industrial.
O segundo texto, AO Itabaiana e os seus pecados avaliará, para além das quatro linhas, os vícios e equívocos que levaram o Tremendão, atual campeão estadual, a lutar contra o rebaixamento, mesmo tendo participado da Copa do Nordeste.
Boa leitura
Fahel Junior entendeu o recado da torcida
Fahel usou esquemas táticos diferentes contra Guarani e Socorrense (Fotos: Arquivo Infonet)
A análise da variação tática nunca foi minha praia, mas depois do que vi na chegada de Fahel Junior ao Confiança, resolvi dar uma pesquisada para entender melhor do que se trata.

Uma coisa é certa: o torcedor do Confiança que reclamava da falta de criatividade e de ousadia do esquema de Nadélio Rocha, não pode achar o mesmo do novo treinador.

Na quarta passada (10/04), Fahel Junior entrou com um esquema tático curioso. Três zagueiros, um lateral esquerdo, um volante de pegada e outro de ligação, um meia, um atacante leve e outro com passadas largas. Um esquema que variava durante a partida.

Definitivamente aquilo não era o 5-3-1-2 de Rocha e tantos outros. Eis que no domingo Fahel Junior entra com um 4-3-3 ao estilo inglês, com três volantes (dois deles com perfil de armação) e atacantes que caíssem pelos cantos.
O esquema não pode ser melhor avaliado pelas dimensões do Lelezão, muito curtas para um padrão de jogo que preza por lances "verticais", mas foi algo totalmente diferente do empreendido até aqui.

Retornando à Copa do Brasil, na quarta-feira, 17, Fahel Junior retoma o esquema da última quarta-feira. Primeiro ponto notado foi que Fahel não estava apenas testando possibilidades, mas principalmente adaptando a sua equipe aos diferentes adversários.

Aquilo que Rocha podia ao menos ter tentado, mas evitou e pagou caro. Eis o seguinte: Fahel Junior se inspirou no São Paulo de Muricy Ramalho de 2008. Duas linhas de quatro bem europeias ao defender, que se tornam um 3-5-2 na subida ao ataque.

O novo treinador azulino percebeu e, pelo visto, pretende valorizar a versatilidade de muitos atletas do elenco azulino. Zagueiros com boa saida e condução de bola, volantes com bom posicionamento em bolas aéreas, outros volantes com passe apurado e visão de jogo, meias e atacantes que podem trocar de posição  meio da partida etc, etc e et caterva.

Após essas experiências ficou um pouco mais claro de onde surgiu opção do treinador em tirar  Wallace da posição de segundo atacante para uma espécie de ponta esquerda, no meio de uma partida na qual foi escalado parar formar dupla de ataque com Da Silva, um atacante veloz e “rompedor”, mas sem estatura adequada para ser homem de referência.

Em uma semana Fahel Junior optou por usar mais a prancheta do que o "cacoete de boleiro", que era a mehor caracteristica de Rocha. Mesmo que os resultados ainda não sejam reais (convenhamos, o Guarani não é um grande parâmetro), vale a pena confiar.

Caso seja "por onde" funciona melhor, Fahel vai precisar da colaboração da diretoria azulina para sonhar com uma promoção para a Serie C, ainda assim.

AO Itabaiana e os seus pecados
Dario Lourenço pegou um time do Itabaiana totalmente diferente do que iniciou o ano.
A atual situação do Itabaiana fez esse humilde escriba resgatar o texto que levantava as novas possibilidades para os clubes locais após o retorno da Copa do Nordeste.

Lá, falava como montar um time no final de um ano, para jogar um torneio interestadual de grife na "pré-temporada" poderia fazer bem aos clubes sergipanos na formação de bons elencos a partir do início da temporada.

Só esqueci de combinar isso com os dirigentes e os agentes de atletas. Daquele time do Itabaiana que assisti perder para o Estanciano, apenas o zagueiro Silvio e o volante Anderson eram titulares na Copa do Nordeste.

Pior: dava impressão de que o time, que enfrentou e deu trabalho para Bahia, Ceará e ABC no "grupo da morte" da competição, era mais competitivo naquelas condições do que o atual grupo que aí se encontra jogando contra adversários bem fracos do certame local.

Salvo algumas poucas características individuais de alguns poucos atletas, o time é extremamente limitado. Quem assistia ao jogo devia sentir uma certa pena do treinador Dario Lourenço. Era como se o homem dissesse "onde eu vim amarrar meu jegue?".

Um caminhão cheio de jogadores medianos partiu para as divisões inferiores de São Paulo, Minas e outras plagas brasileiras, enquanto um outro caminhão cheio de refugo chegou... Para que? Nem o Itabaiana, nem todos aqueles atletas levarão qualquer legado de uma competição como a Copa do Nordeste!

Ligado numa rádio de Itabaiana, ouvia as lamurias dos radialistas locais, que levaram um "ouvinte especial", que carregado da angustia de ver seu time perdendo dentro de casa e correndo o risco de rebaixamento no fraquissimo Sergipão Chevrolet, falou assim: "É isso que dá ficar contratando jogador de DVD!".

Era ninguem menos que Seu Faustino, ex-tudo (jogador, funcionário, diretor, presidente) dentro da Associação Olímpica Itabaiana. Era Seu Faustino, com seus mais de 80 anos, dizendo que os atuais dirigentes são limitados e atrasados para o momento atual do futebol.

O Itabaiana desperdiçou um momento gigantesco de levar o clube ao topo do futebol sergipano, almejando sua qualificação como um todo. Ano vai e ano vem, e caras totalmente novas reaparecem para vestir a tradicional camisa tricolor da Serra.

Hoje retornamos à estaca zero, pela incapacidade de nossos clubes em montar ao menos uma "espinha dorsal" de um elenco, que carregue um padrão de jogo, um respeito à camisa e um compromisso com a torcida fiel do Tremendão.
Em tempo: Seu Faustino também apontou que a saída de Raulino do Itabaiana teria sido por insatisfação com a "carta branca" que Freitas Nascimento recebeu para montar um time com "seus jogadores".
Por Irlan Simões - infonet.com.br

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