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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Venâncio: Sem emendas Proredes seria ditatorial

“Isso é dinheiro emprestado, e quem vai pagar é o povo”, destaca ele


Por Raissa Cruz

O projeto de lei que trata do Programa de Fortalecimento das Redes de Inclusão Social e de Atenção à Saúde (ProRedes) foi aprovado, mas a bancada do governo pareceu insatisfeita com a aprovação de emendas apresentadas pelos deputados da oposição, que, até então, tinham o projeto como indigesto. Provocado a respeito, o líder da oposição, deputado Venâncio Fonseca (PP) mostra que sem as emendas esse projeto não passaria com o consentimento de sua bancada, e vai além com a crítica: “chega um projeto desses na Casa e a oposição não tem oportunidade de apresentar emendas?! Isso não existe! Seria um projeto ditatorial”.

Cobrando a votação do Proredes, o governador Jackson Barreto (PMDB) chegou a levar o caso à Justiça para obrigar a Assembleia Legislativa a colocar o projeto em debate nas comissões e no plenário. Por sua vez, o deputado Venâncio, que apontou a falta de disposição de diálogo do governo para essa tramitação, acentuou que todas as emendas foram apresentadas dentro do plano de investimento do programa", e a oposição não abria mão de lançá-las.

“Isso aqui (o Proredes) é dinheiro emprestado e quem vai pagar é o povo sergipano. Aqui não pode construir um Centro de Referência da Mulher em Tobias Barreto, e por que no plano tem construção do Centro de Educação permanente? Aí pode construir? Acho que o governo precisa de uma assessoria para orientar neste sentido. Por que não aprovar um Centro de Imagens e Complexidade em Laranjeiras? Por que não um Centro de Especialidades do SUS em Estância? Estância que serve aquela região centro-sul do Estado. Nada mais justo do que a apresentação das emendas. O que desvirtuou do projeto? Nada”, ponderou o deputado.

Fazendo ainda alusão à época da votação do empréstimo do Proinveste, o deputado Venâncio reconheceu no então governador Marcelo Déda uma disposição de diálogo com a Assembleia, especialmente com os parlamentares da oposição. E afirmou que, no caso do governador Jackson Barreto, a atitude observada foi de apenas enfrentamento. “Marcelo Déda acenou para o diálogo (com o Proinveste), e nós da oposição aceitamos e sentamos à mesa para o diálogo. Mas agora (com o Proredes) não”, disse.

“Esse pedido de empréstimo do ProRedes de quase R$ 250 milhões onde o Governo fez um plano, a oposição desde o início queria apresentar sugestões e ideias, mas o governo nunca acenou para esse tipo de diálogo, ao contrário, sempre vinha para o enfrentamento e mostramos como fizemos no Proinveste. O que a oposição queria? Dialogar, apresentar sugestões, participar em termos de mostrar alternativas para melhoria do projeto”, concluiu Venâncio, sobre o projeto que, aprovado, segue agora para a sanção do governador Jackson Barreto.

Da redação Universo Político.com
Com informações da entrevista do radialista Alex Carvalho

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