MINHA VIDA!

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domingo, 24 de junho de 2012

COBRA VERDE - DE SÃO DOMINGOS PARA O MUNDO

Sanfoneiro é reconhecido pela capacidade de improviso no palco
O músico sergipano Cobra Verde (Foto: Eduardo Oliva)
O município de São Domingos, mais conhecido no estado pela sua tradição em produzir farinha, é o berço de um dos mais talentosos sanfoneiros sergipanos. Soenildo Santos Mendonça, o ‘Cobra Verde’, já é um músico bastante respeitado no meio artístico. A prova disso é a presença do artista em shows de Adelmário Coelho, Calcinha Preta e Cabeça de Frade.
Seu trabalho é caracterizado pela mistura de vários elementos da música nordestino, incluindo o pífano, xote, forró e o aboio, sem esquecer a tradicional sanfona. A capacidade de improviso no palco e as releituras de canções dos mestres Dominguinhos e Luiz Gonzaga são bastante elogiadas pela crítica. Momentos antes de sua apresentação no Palco Gérson Filho, Cobra Verde conversou com a equipe do São João Infonet.
Portal Infonet: Você começou a tocar aos 10 anos, seguindo os caminhos de seu pai, lá em São Domingos.  Como surgiu a ideia de também ser músico?
Cobra Verde: Desde pequeno eu gostava de acompanhar meu pai nas festas em que ele tocava. A música já é uma tradição familiar. Como tinha um tio que tocava sanfona, pedi que ele me ensinasse a tocar o instrumento. Consegui aprender e em pouco tempo já fui convidado a participar dos shows da banda Cabeça de Frade. Foi uma coisa natural.
Portal Infonet: E qual a origem do nome Cobra Verde?
CV: Esse era o apelido do meu pai. Quando estava na Cabeça de Frade, os músicos diziam que eu precisava utilizar um nome artístico, pois Soenildo era muito feio. Então, alguém da banda sugeriu que eu usasse ‘Cobra Verde’, que já era uma expressão familiar.
Portal Infonet: Seu trabalho é caracterizado misturar elementos do forró, como o triângulo, a zabumba e a sanfona, ao pífano, baixo, percussão e cavaquinho. De onde vem a influência para criar algo tão particular?
CV: Sempre acompanhei a trajetória de mestres como Dominguinhos, Trio Nordestino, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Desde pequeno tenho contato com a obra desses artistas e busco sempre ‘beber nessas fontes. Não posso deixar de citar também a influência do meu pai e do meu tio, que foram os meus grandes incentivadores.
Portal Infonet: Em 2010, você foi convidado a apresentar um de seus trabalhos, o Forró do Cobra Verde, na Europa. Como foi essa experiência?
CV: Fui surpreendido com um convite do cineasta Demien Chemim, que tinha uma proposta de divulgar a música sergipana na Europa, já que ele havia pesquisado bastante esse tema. Passei 20 dias na Bélgica e outros 15 na Argentina, Portugal, Espanha e França. Foi uma oportunidade muito boa para aprender sobre essas culturas.
Por Wellington Amarante/infonet.com.br

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