MINHA VIDA!

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domingo, 14 de agosto de 2011

De pai para filho


Tem coisa que só acontece em Sergipe. Em pleno século XXI, ainda estamos discutindo o que fazer com os nossos resíduos sólidos, o conhecido lixo, seja ele doméstico, hospitalar ou industrial. Todo o nosso lixo, seja da capital, da grande Aracaju ou do interior do estado é jogado em locais ao alcance da população.
Aqueles menos favorecidos financeiramente até agradecem, pois é do lixo que eles conseguem sobreviver. Enquanto em alguns estados, em alguns países os aterros sanitários é coisa do passado, pois lá existem usinas de reciclagem de lixo, aqui em Sergipe os nossos administradores estão brigando na justiça para a implantação do aterro.
Todos sabem que por mais seguro que seja um aterro sanitário, mais cedo ou mais tarde os resíduos tóxicos vão atingir os lençóis freáticos contaminando assim a água, que a cada ano que passa fica mais escassa e com certeza, da maneira como estamos tratando  os nossos mananciais, ela vai fazer falta e não será a longo prazo.
Essa questão do lixo é muito fácil de resolver, basta ter vontade política. Ao invés de se discutir implantação de aterro sanitário, deveria implantar usinas recicladoras de lixo, pois nada seria desperdiçado e ainda criaríamos mercado de trabalho. Aquelas pessoas que sobrevivem catando lixo teriam um emprego para sustentar dignamente a sua família e a natureza agradecia, pois milhões e milhões de toneladas de produtos tóxicos deixariam de ser jogadas na natureza.
Infelizmente os nossos administradores ainda têm o pensamento dos homens da caverna, quando nada era proibido. Tudo era bonito e não se imaginava que a natureza chegaria a um limite no quesito poluição. A briga pela implantação do aterro sanitário está cheirando coisa de pai para filho.

Giovani Allievi - correiodesergipe.com.br

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