As manchetes de primeira página da edição de domingo de três jornais locais não foram nada boas para a população de Sergipe e, em último caso, para a “imagem” do governo estadual. Observem: o Jornal da Cidade estampou “Taxa de homicídios (em Sergipe) supera média nacional – Relatório da ONU revela que número de mortes se assemelha a do Iraque”.
Já o semanário Cinform reportou que em Sergipe há o dobro da média nacional no número de pessoas analfabetas. Por sua vez, o Correio de Sergipe destacou: “Delegacias de polícia funcionam em Sergipe na base do improviso”. É mole ou quer mais?
Não seria despropositado colocar todas essas mazelas dentro de um contexto nacional para conjecturar que “Sergipe não é uma ilha”. Mas, caprichosamente, tais nódoas sergipanas ganham contornos ainda mais dramáticos se voltarmos nossa atenção para o fato de que Sergipe é o menor Estado do Brasil e que assim seria, digamos, mais fácil ou viável tecnicamente resolver esses e outros problemas. Não devemos condenar aqueles que se recusam a aceitar qualquer tipo de argumento apresentado pelo Poder Público para justificar a criminalidade crescente na capital e no interior, a existência de cerca de 300 mil analfabetos no Estado e a precariedade física das delegacias e das condições de trabalho dos policiais.
Pergunta número 1: o que fazer para reverter esse quadro negro? Certamente, quem sabe essa resposta são as próprias autoridades competentes. E é aí que a “porca torce o rabo”. Por que o governo estadual não coloca em prática ações contundentes e concretas para melhorar essa preocupante situação? Para muitos, a razão é porque os governantes estão cada vez mais “engessados” e na dependência de dinheiro do governo federal para fazer algum coisa que não seja pagar o salário aos servidores públicos e manter os equipamentos públicos funcionando “a trancos e barrancos”.
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