Crime revolta comunidade e os moradores temem represálias
Quintal da casa da idosa: manchas de sangue indicam a crueldade (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
A idosa Maria Puresa dos Santos, 72, foi espancada até a morte dentro
da própria residência na madrugada desta quarta-feira, 12, na cidade de
Santo Amaro das Brotas, distante 36 km de Aracaju. Um dos suspeitos,
identificado como José Wellington dos Santos, 30, o Buru, foi preso e se
encontra na Delegacia de Polícia local, onde está sendo lavrado o
flagrante.
De acordo com os primeiros levantamentos da Polícia Militar, o crime teria sido cometido por dois homens e um deles, identificado apenas como Ademir, estaria foragido. A comunidade está em pânico. Testemunhas que observaram a pratica do crime temem represália e garantem que as pessoas próximas de dona Maria Puresa foram ameaçadas e correm risco de morte.
O alvo seria dois afilhados de dona Maria Puresa, os quais ela tratava como filho e neto. Há suspeita que aqueles que praticaram o hediondo crime teriam relação com uso e comércio de drogas. O mecânico montador Claudivan dos Santos, 40 [um dos afilhados de dona Maria Puresa] diz que a “rixa” dos criminosos com a família dele seria decorrente de uma desavença que um de seus filhos teria tido com Buru. “Ele [Buru] tirou uma liberdade com a mulher do meu filho e meu filho não gostou”, conta Claudivan.
De acordo com os primeiros levantamentos da Polícia Militar, o crime teria sido cometido por dois homens e um deles, identificado apenas como Ademir, estaria foragido. A comunidade está em pânico. Testemunhas que observaram a pratica do crime temem represália e garantem que as pessoas próximas de dona Maria Puresa foram ameaçadas e correm risco de morte.
O alvo seria dois afilhados de dona Maria Puresa, os quais ela tratava como filho e neto. Há suspeita que aqueles que praticaram o hediondo crime teriam relação com uso e comércio de drogas. O mecânico montador Claudivan dos Santos, 40 [um dos afilhados de dona Maria Puresa] diz que a “rixa” dos criminosos com a família dele seria decorrente de uma desavença que um de seus filhos teria tido com Buru. “Ele [Buru] tirou uma liberdade com a mulher do meu filho e meu filho não gostou”, conta Claudivan.
Claudivan percorre o quntal com angústia |
Como consequência, teria ocorrido um desentendimento entre eles e o
filho de Claudivan [um jovem de 19 anos] se armou com um pedaço de
madeira, aplicou um golpe que atingiu o braço de Buru. Este episódio
ocorreu há cerca de oito meses, segundo Claudivan, mas os dois cultuaram
o espírito de vingança.
A ação
Na madrugada desta quarta-feira, 12, os dois teriam se dirigido à residência da idosa, onde estaria Claudivan e dois filhos. A reportagem do Portal Infonet foi ao local onde ocorreu o crime, conversou com moradores e constatou o sentimento de revolta. A idosa era uma pessoa bem querida. Era solteira, mas tinha os afilhados os quais eram tratados como se fossem filhos.
Em conversa com o Portal Infonet, moradores afirmaram que, quando os dois criminosos estavam tentando arrombar a casa de dona Puresa – na rua padre Dantas, no Conjunto João Ferreira da Costa – os dois homens que seriam o alvo teriam corrido.
Versão que não foi confirmada por Claudivan. “Eu não estava em casa, nem sei onde estava”, disse, ainda atordoado com a violência. “Ah! Eu vinha da casa de uma tia e aí me disseram que estavam matando minha mãe [como ele tratava dona Maria Puresa]”, contou ao Portal Infonet. Segundo Claudivan, a idosa estava sozinha em casa.
A ação
Na madrugada desta quarta-feira, 12, os dois teriam se dirigido à residência da idosa, onde estaria Claudivan e dois filhos. A reportagem do Portal Infonet foi ao local onde ocorreu o crime, conversou com moradores e constatou o sentimento de revolta. A idosa era uma pessoa bem querida. Era solteira, mas tinha os afilhados os quais eram tratados como se fossem filhos.
Em conversa com o Portal Infonet, moradores afirmaram que, quando os dois criminosos estavam tentando arrombar a casa de dona Puresa – na rua padre Dantas, no Conjunto João Ferreira da Costa – os dois homens que seriam o alvo teriam corrido.
Versão que não foi confirmada por Claudivan. “Eu não estava em casa, nem sei onde estava”, disse, ainda atordoado com a violência. “Ah! Eu vinha da casa de uma tia e aí me disseram que estavam matando minha mãe [como ele tratava dona Maria Puresa]”, contou ao Portal Infonet. Segundo Claudivan, a idosa estava sozinha em casa.
Porta da residência da idosa é arrombada por criminosos |
Os moradores do bairro ouviram o barulho das pedradas contra a
residência da idosa. “Primeiro foi na janela, depois no telhado e, por
último, eles arrombaram a porta da frente e entraram”, contou uma
moradora, que prefere o anonimato temendo represálias. Assim como esta
mulher, outras testemunhas se trancafiaram em casa e passaram a observar
toda a movimentação em silêncio, escondidos.
Em um determinado momento, por volta das 3h30, o soldado Rocha, da 3ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar, que atua no município, foi despertado por um vigilante de rua e uma moradora do conjunto. Apavorados, os dois imploravam a presença da polícia no local.
Mesmo sozinho, o policial se dirigiu ao local e acionou o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). Orientado a observar os sinais vitais, o próprio policial constatou que a idosa não sobrevivera às agressões. Há suspeita que os criminosos utilizaram pedras e pedaços de madeira para espancar a idosa e os dois sempre perguntavam pelo “filho” e pelos “netos”.
Os dois criminosos tiveram arrombaram a porta central da casa e arrastaram a idosa até o quintal, onde a vítima caiu, com rosto desfigurado e já sem vida. “Morreu como uma criança, sem nenhuma defesa”, reagiu uma mulher [cuja identidade será preservada] que, escondida, observou toda a movimentação na casa de dona Maria Puresa.
Prisão
Em um determinado momento, por volta das 3h30, o soldado Rocha, da 3ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar, que atua no município, foi despertado por um vigilante de rua e uma moradora do conjunto. Apavorados, os dois imploravam a presença da polícia no local.
Mesmo sozinho, o policial se dirigiu ao local e acionou o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). Orientado a observar os sinais vitais, o próprio policial constatou que a idosa não sobrevivera às agressões. Há suspeita que os criminosos utilizaram pedras e pedaços de madeira para espancar a idosa e os dois sempre perguntavam pelo “filho” e pelos “netos”.
Os dois criminosos tiveram arrombaram a porta central da casa e arrastaram a idosa até o quintal, onde a vítima caiu, com rosto desfigurado e já sem vida. “Morreu como uma criança, sem nenhuma defesa”, reagiu uma mulher [cuja identidade será preservada] que, escondida, observou toda a movimentação na casa de dona Maria Puresa.
Prisão
Suspeito está preso na Delegacia de Polícia local |
O medo e o pavor ainda dominam a cidade. “Minha filha, nem quero passar
por perto nem da Delegacia nem daquela rua porque aqui a coisa tá feia.
É muita violência”, desabafou uma mulher, que também não quer ser
identificada. Ela associa o crime ao comércio de drogas. “Aqui tem muita
droga, eles estão arrombando casa pra roubar e tão fazendo uma limpeza
com quem deve dinheiro a eles. Por causa de dívida com droga, já mataram
três aqui”, contou.
Buru foi preso ainda de madrugada quando descia uma ladeira no bairro, seguindo em direção à rua onde o crime ocorreu, e acabou reconhecido por moradores anônimos. O policial o abordou e deu voz de prisão. “Ele estava muito doidão [sob efeito de droga] e negou envolvimento no crime”, revelou o soldado Rocha.
Mas teria tentado culpar o amigo Ademir. “Ele (Buru) disse que sentia dores no braço porque foi atingido com um golpe aplicado por um neto da vítima e que Demi [o outro suspeito identificado apenas como Ademir] não gostou”, revelou o policial em conversa com o Portal Infonet.
A delegada de polícia do município, Tatiana Moreli, informou que o suspeito José Wellington dos Santos, 30, o Buru, foi autuado em flagrante e responderá, preso, pelo crime de homicídio qualificado. As diligências continuam no município, mas a delegada não prestou maiores esclarecimentos para não atrapalhar as investigações.
Buru foi preso ainda de madrugada quando descia uma ladeira no bairro, seguindo em direção à rua onde o crime ocorreu, e acabou reconhecido por moradores anônimos. O policial o abordou e deu voz de prisão. “Ele estava muito doidão [sob efeito de droga] e negou envolvimento no crime”, revelou o soldado Rocha.
Mas teria tentado culpar o amigo Ademir. “Ele (Buru) disse que sentia dores no braço porque foi atingido com um golpe aplicado por um neto da vítima e que Demi [o outro suspeito identificado apenas como Ademir] não gostou”, revelou o policial em conversa com o Portal Infonet.
A delegada de polícia do município, Tatiana Moreli, informou que o suspeito José Wellington dos Santos, 30, o Buru, foi autuado em flagrante e responderá, preso, pelo crime de homicídio qualificado. As diligências continuam no município, mas a delegada não prestou maiores esclarecimentos para não atrapalhar as investigações.
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