O deputado estadual Capitão Samuel (PSC), provocado sobre o pedido de
empréstimo de R$ 700 milhões que o Governo do Estado pretende fazer ao
Governo Federal, caso a Assembleia Legislativa aprove a transação,
afirmou, ao ser entrevistado na Ilha FM, nesta sexta-feira, dia 14, que
não aceita votar no Projeto de Lei “do jeito que estão pedindo”. Samuel
diz que primeiro quer conversar com as pessoas que serão beneficiadas, e
já antecipou não aceitar o uso do que chama de teoria do caos.
“Nesse projeto, eu só voto discutindo ponto a ponto com bastante
calma, e principalmente, envolvendo as pessoas que irão se beneficiar
desse projeto. Todos os governos passados deixaram uma dívida de R$ 800
milhões. O governo Marcelo Déda já passou dois R$ 2 bilhões. Qual o
grande projeto que a população pode olhar e dizer que foi gasto R$ 1
bilhão de reais? Temos que analisar com calma. A teoria do caos que o
governo quer criar, se não votar esse projeto o mundo vai se acabar, eu
ouvi essa teoria com os radares de Aracaju. Que se tirassem os radares
de Aracaju, o trânsito iria ser caótico. Não virou caos não. A violência
no trânsito continua da mesma forma como quando tinha os radares.”,
frisou Samuel.
Para o deputado, o caos está empregado no empréstimo que o governo
está querendo fazer. Ele acredita que o caso tem que ser decidido com a
população, e que o governo deve pegar orçamento da União. “Por que o
governo não pega os R$ 30 milhões que está no orçamento da União para
construir o Hospital do Câncer? Junta a bancada e coloca R$ 20 milhões
para compra de equipamentos no orçamento do ano que vem, que não é
empréstimo. Será que Itabaiana tem Segurança Pública? Ontem foram dois
homicídios. Será que a população de Itabaiana não prefere resolver o seu
problema de segurança? Vamos levar esse projeto para discutir com a
população de Itabaiana. Perguntar a população qual a urgência”, disse.
O parlamentar observa que se o empréstimo for tomado será pago com o
suor do sergipano, já que não se trata de uma busca de emenda do Governo
Federal. “O governador não é muito amigo da presidente Dilma, já que é
PT? Por que Alagoas que não é PT tem tantos recursos do Governo Federal e
aqui não consegue?”, indagou Samuel, acreditando que um empréstimo
nesse valor inviabilizará o próximo governo.
Da redação Universo Político.com
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