MINHA VIDA!

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dilma Rousseff vê “inexperiência” em Marina para governar, mas quem era ela em 2010?

A corrida presidencial começa a esquentar. Durante o final de semana, após novas críticas de Marina Silva (PSB) ao “modelo administrativo” da presidente Dilma Rousseff (PT), eis que a petista resolveu respondê-la com críticas duras: Dilma achou uma “temeridade” as declarações da adversária e ironizou alegando que são argumentos de quem nunca teve uma experiência administrativa. Essa “deixa” chamou a atenção de Politizando. Este colunista passou a se questionar: e quem era Dilma Rousseff em 2010? A ex-ministra do governo Lula, nada carismática, diga-se de passagem, era uma mera desconhecida olhando o cenário nacional, onde Lula deu sim uma demonstração de força política ao elegê-la como sucessora.

Aí hoje, após quatro anos exercendo um cargo majoritário, Dilma Rousseff vem com esse discurso discriminatório com Marina Silva? Por que? Será que a candidata do PSB está incomodando o Palácio do Planalto? E se fosse apenas para comparar o perfil administrativo, diante das inúmeras realizações que fez enquanto governador e da aprovação popular em Minas Gerais, nenhuma das duas poderia fazer frente ao também presidenciável Aécio Neves (PSDB). Mas não é apenas este aspecto que conta. Talvez o clima de comoção com a morte de Eduardo Campos (PSB) , somado ao crescimento assustador de Marina Silva esteja realmente preocupando Dilma Rousseff, que decidiu ir para o confronto direto.

Politizando aposta que teremos grandes debates entre os três principais candidatos, mas talvez com maior tensão na relação Dilma/Marina. A petista a derrotou em 2010, mas sua adversária surpreendeu naquela eleição e viu suas propostas caírem no gosto de mais de 19 milhões de brasileiros. Eduardo Campos tinha o dom da oratória e talvez mantivesse o debate menos áspero. Já Marina tem uma forma peculiar de debater e, principalmente, de questionar, de cobrar. Isso incomoda e muito! Marina pode desgastar por demais o governo Dilma que, por si só, já se encontra um tanto fragilizado. Esse discurso discriminatório contra a socialista não leva a nada, não pegou bem para a presidente.

Politizando chama a atenção dos leitores porque estranhou o comportamento de alguns setores da imprensa nacional que estão questionando a forma como o PSB inseriu na campanha de Eduardo Campos a aeronave que recentemente o vitimou, além de assessores, membros da tripulação e o nosso sergipano eterno Pedrinho Valadares (PV). O mais importante em questão, não é nem a forma como o avião foi adquirido, mas quais as causas do acidente? O que não faltam são inúmeras teorias de conspiração. Não é de agora que este colunista tem cobrado uma resposta lúcida e concreta que explique as razões daquele acidente.

É nítido que essa história em torno da forma de aquisição da aeronave é apenas uma espécie de “nuvem de fumaça” que estão querendo criar para se sobressair diante das discussões em torno do acidente. Politizando não está responsabilizando ninguém, mas tem defendido a bandeira de que Marina só deixará de crescer quando tiver uma explicação plausível para a tragédia. E esse crescimento, sob as hastes governistas, precisa ser contido. Querem evitar a todo custo que a morte de Eduardo Campos resulte em uma espécie de “sentimentalismo irreversível”. E nenhuma “inexperiente” cresce tanto como Marina Silva vem despontando nas pesquisas.

Ver Dilma Rousseff criticando a falta de experiência administrativa de Marina Silva soa até engraçado. Logo ela, que era muito pouco conhecida por parte do eleitorado em 2010 e que ainda assim se tornou presidente da República em uma disputa direta com o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), um político bastante experiente. Com todo respeito, se vencer a eleição, Marina não será a “tartaruga que colocaram em cima do poste”. Ela pode não ter experiência administrativa, mas conhece como ninguém o Partido dos Trabalhadores e tem um discurso forte para combater Dilma Rousseff. Politizando acredita que, apesar de presidente há quatro anos, a petista “experiente” ainda tem muito que aprender...

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