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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

AVC: Em dez anos, doença matou 62 mil jovens

O derrame hemorrágico é mais comum entre os jovens
(Foto: Arquivo Portal Infonet)
Responsável pela primeira causa de morte no Brasil, o AVC não atinge apenas pacientes idosos. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que entre os anos 2000 e 2010, mais de 62 mil pessoas com menos de 45 anos morreram em decorrência de um derrame no País.
Do ano 2000 até setembro deste ano, quase 180 mil pessoas com essa idade foram internadas nos hospitais do Sistema Único de Saúde. O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico. A forma isquêmica da doença está mais ligada aos idosos, e é quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem, geralmente por placas de gordura. O derrame hemorrágico, mais comum em jovens acontece pelo rompimento dos vasos sanguíneos. As causas podem ser más formações do coração ou das artérias, mas, principalmente reflexos do estilo de vida, como obesidade, hipertensão e estresse. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, destaca a influência dos hábitos dos jovens de hoje com a antecipação dos derrames.
"Essa é uma tendência mundial. O aumento da presença dos chamados fatores de risco: obesidade, hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo, esses hábitos de vida que não são saudáveis têm levado ao aumento de AVC no mundo todo. Então essa antecipação nas faixas etárias se deve muito a isso. É claro que também tem fatores congênitos. Você tem aneurismas que podem explodir em determinado momento. Mas o que a gente pode fazer cada vez mais é prevenção dos fatores de risco", afirma o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.
Preocupado com os casos de AVC no País, o Ministério da Saúde passou a fornecer pelo Sistema Único de Saúde, em abril deste ano, o medicamento alteplase. O remédio é destinado para o tratamento do AVC isquêmico, tipo que corresponde a 80 por cento dos derrames. Além disso, também em abril deste ano o ministério anunciou critérios para habilitar hospitais que serão referência para o atendimento de pacientes com AVC. Helvécio Magalhães ressalta a importância desses novos centros.
"Essa implantação dos Centros de Referência é muito importante. Temos por volta de 200 hospitais, que são os grandes hospitais brasileiros de urgência que têm a maior parte do atendimento, mas é claro que o SAMU dá o primeiro atendimento, as UPAs têm atendimento, mas nós estamos criando as Unidade de AVC para que em uma região, em uma grande cidade, a partir da regulação, a partir do SAMU já se saiba para onde levar", alerta Helvécio Magalhães.
Os sintomas mais comuns do derrame são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada e sensação de formigamento no braço. Além disso, a vítima do AVC pode sentir dores de cabeça, tontura, náusea e vômito.
Fonte: Ascom MS

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