“Isso é dinheiro emprestado, e quem vai pagar é o povo”, destaca ele
Por Raissa Cruz
O projeto de lei que trata do Programa de Fortalecimento das Redes de
Inclusão Social e de Atenção à Saúde (ProRedes) foi aprovado, mas a
bancada do governo pareceu insatisfeita com a aprovação de emendas
apresentadas pelos deputados da oposição, que, até então, tinham o
projeto como indigesto. Provocado a respeito, o líder da oposição,
deputado Venâncio Fonseca (PP) mostra que sem as emendas esse projeto
não passaria com o consentimento de sua bancada, e vai além com a
crítica: “chega um projeto desses na Casa e a oposição não tem
oportunidade de apresentar emendas?! Isso não existe! Seria um projeto
ditatorial”.
Cobrando a votação do Proredes, o governador Jackson Barreto (PMDB)
chegou a levar o caso à Justiça para obrigar a Assembleia Legislativa a
colocar o projeto em debate nas comissões e no plenário. Por sua vez, o
deputado Venâncio, que apontou a falta de disposição de diálogo do
governo para essa tramitação, acentuou que todas as emendas foram
apresentadas dentro do plano de investimento do programa", e a oposição
não abria mão de lançá-las.
“Isso aqui (o Proredes) é dinheiro emprestado e quem vai pagar é o
povo sergipano. Aqui não pode construir um Centro de Referência da
Mulher em Tobias Barreto, e por que no plano tem construção do Centro de
Educação permanente? Aí pode construir? Acho que o governo precisa de
uma assessoria para orientar neste sentido. Por que não aprovar um
Centro de Imagens e Complexidade em Laranjeiras? Por que não um Centro
de Especialidades do SUS em Estância? Estância que serve aquela região
centro-sul do Estado. Nada mais justo do que a apresentação das emendas.
O que desvirtuou do projeto? Nada”, ponderou o deputado.
Fazendo ainda alusão à época da votação do empréstimo do Proinveste, o
deputado Venâncio reconheceu no então governador Marcelo Déda uma
disposição de diálogo com a Assembleia, especialmente com os
parlamentares da oposição. E afirmou que, no caso do governador Jackson
Barreto, a atitude observada foi de apenas enfrentamento. “Marcelo Déda
acenou para o diálogo (com o Proinveste), e nós da oposição aceitamos e
sentamos à mesa para o diálogo. Mas agora (com o Proredes) não”, disse.
“Esse pedido de empréstimo do ProRedes de quase R$ 250 milhões onde o
Governo fez um plano, a oposição desde o início queria apresentar
sugestões e ideias, mas o governo nunca acenou para esse tipo de
diálogo, ao contrário, sempre vinha para o enfrentamento e mostramos
como fizemos no Proinveste. O que a oposição queria? Dialogar,
apresentar sugestões, participar em termos de mostrar alternativas para
melhoria do projeto”, concluiu Venâncio, sobre o projeto que, aprovado,
segue agora para a sanção do governador Jackson Barreto.
Da redação Universo Político.com
Com informações da entrevista do radialista Alex Carvalho
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