Bola debaixo do braço. Chamando a responsabilidade para si, faz sinal
negativo para Diego Souza. Os instantes que antecederam a cobrança do
pênalti marcado a favor da equipe vascaína, no início do segundo tempo,
resumiram a atuação de Felipe na semifinal da Taça Rio entre Vasco e
Flamengo. O camisa 6 assumiu a postura de líder e comandou o time na
vitória por 3 a 2 sobre o rival.
Dois desses gols foram marcados pelo Maestro, um no pênalti que fez
questão de bater, mesmo não sendo o cobrador oficial, e outro em um
chutaço de fora da área, que bateu na trave antes de entrar. Em ambos,
fez questão de correr em direção à torcida, bater no peito e beijar o
escudo cruz-maltino.
- Em um clássico, é importante exercer a liderança em prol do grupo. A
dedicação de todos é o que conta, como o sacrifício do Alecsandro em
ajudar na marcação, por exemplo. O Vasco tem um elenco muito forte. O
Juninho ficou no banco porque era o melhor para o grupo. O Vasco é uma
família muito unida. Eu fui um pouco mais importante do que outros nesse
jogo, mas na próxima partida vai ser outro. É assim que se ganha
títulos – disse o meia.
Os números da partida mostram a importância do meia. Além de ter
marcado dois gols, finalizou mais quatro vezes - no rebote de uma delas,
Eder Luis fez o outro gol do time. Dos 18 passes que deu, apenas um não
foi executado corretamente. O jogador ainda roubou duas bolas que
ajudaram a puxar contra-ataques. E, embora tenha saído pouco do
meio-campo (veja no mapa de calor abaixo), percorreu 7,2 km, um pouco menos que Rômulo (9,5 km), o vascaíno que maior distância percorreu, mas atuando os 90 minutos.
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