A certeza da impunidade reina em vários crimes praticados no país. Uma
comissão estuda um novo Código Penal. É esperar que mudanças profundas
aconteçam. A impunidade é cultural e estimula a prática de crimes por
muitos brasileiros e, lamentavelmente, muitos policiais (de todas as
áreas) estão envolvidos nestes altos índices.
No papel todos os policiais, inclusive o Militar, são preparados para
mediar conflitos e manterem a serenidade e a calma. No papel, a PM tem
como uma das funções manter a ordem pública. Ou seja, uma das funções do
policial militar é proteger o cidadão no ambiente de conflito.
Foi de uma gravidade extrema a atitude do tenente da PM, Genilson Alves
de Souza, autor dos disparos que mataram três pessoas dentro do
Hospital de Urgência João Alves Filho. A morte de uma familiar dele num
assalto não pode e nem será desculpa para o ato insano praticado. Mais
do que uma chacina foi um afronta a sociedade sergipana. Várias
testemunhas afirmam que ele chegou no local já sabendo o que iria fazer.
Foi um massacre! E agora um dos outros envolvidos quer assumir a
autoria de duas mortes. Ainda bem que as testemunhas são muitas. Agora
familiares querem distorcer o fato. A chacina aconteceu, é fato. Não tem
justificativa dizer que os mortos eram bandidos.
Um oficial da PM é preparado para atuar em atitudes extremas. Não pode
ser exemplo para a sociedade de fazer justiça com as próprias mãos.
Deixar que o tenente continue vestindo a farda da PM de Sergipe é
aprovar uma atestado de impunidade para matar em Sergipe. A OAB/SE já se
posicionou pedindo providências urgentes porque a ação do tenente foi
de extrema gravidade lembrando que a sociedade não pode ficar vulnerável
as ações de alguns policiais despreparados ou que sofrem de problemas
psicológicos.
O blog vem recebendo muitas informações sobre a segurança em Sergipe.
Pelos registros parece que a cúpula da SSP perdeu o controle da polícia
civil e da polícia militar.
É preciso que o governador chame o feito a ordem urgentemente. Parece
que o caos beira às portas da segurança pública. Os fatos de bastidores
demonstram que o atual governo corre o risco de ser comparado ao governo
de João Alves Filho, na época da chamada “Missão”.
O ato praticado pelo tenente não é uma ação isolada. Passa pela certeza
da impunidade e pela falta de controle. Urge restabelecer a ordem
urgentemente.
por http://www.infonet.com.br/claudionunes