Vamos tentar evitar: dor na cabeça, enjôo, desidratação, azia e dor no estômago.
Enfim,
chega o tão esperado feriadão preferido dos brasileiros: Carnaval. Como
de costume, a maioria das pessoas aproveita o período para festejar
acompanhado de bebidas alcoólicas, "enchendo até a tampa". E a ressaca
no outro dia? O que fazer? Como evitar? A ressaca é uma intoxicação
aguda provocada pelo álcool, que acontece de 6 a 8 horas após o consumo
desse e dura até 24 horas.
Evitando a ressaca
Evitando a ressaca
Uma das causas da ressaca é a desidratação. Sendo assim, é recomendado beber água antes, durante e depois da bebedeira. Isso ajuda o organismo a metabolizar o álcool, bem como acelera a eliminação das toxinas pelo organismo. Duas dicas: tome um copo de água a cada um ou duas doses de destilado e a cada uma ou duas latas de cerveja, e tome dois copos de água antes de dormir.
Ingerir bebidas alcoólicas com o estômago vazio também é um fator agravante para a ressaca. Contudo, evite ingerir alimentos gordurosos demais, pois no outro dia o que poderá vir é uma enxaqueca insuportável. O ideal é comer antes, durante e depois da farra.
Os destilados (uísque, vodca e outras bebidas com teor alcoólico alto) apresentam maiores chances de causarem ressaca, já que a produção de toxinas será maior. Além disso, os destilados entram mais rapidamente na corrente sanguínea do que as bebidas fermentadas (cerveja, por exemplo).
A combinação de álcool e cigarro também provocam uma ressaca maior. E isso vale não só para os fumantes, as pessoas que estão ao seu lado, os fumantes passivos, também estão propensos a esse tipo de problema.
Respeite os limites do seu organismo. Quando bebemos, nosso corpo avisa a hora de parar, e essa hora deve ser obedecida. Outra dica é beber devagar, o "virar-copos" é um agravante para a ressaca. Em média o nosso fígado processa 10 gramas de álcool por hora (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho).
Durma bem. Durante a bebedeira nosso corpo teve de trabalhar a todo vapor para metabolizar e eliminar todo o álcool ingerido. Por isso, ele precisa descansar, caso contrário você acordará com uma baita ressaca.
Curando a ressaca
Não teve jeito, mesmo assim a ressaca chegou, e agora? Água. Beba bastante água. Coma uma salada com bastante verduras e legumes, e tome um copo de suco de frutas. isso fornece nutrientes para o nosso organismo que auxiliarão no funcionamento dos rins e fígado, orgãos que fazem o trabalho de desintoxicação. Um suco antioxidante, com maça, cenoura, laranja e acerola é um ótimo aliado na cura. Água de côco, isotônicos e chás, como boldo e verde, também ajudam.
Os enjôos podem ser evitados não só com os alimentos acima, como também com um grande aliado: o gengibre. Pode ser no chá ou até mesmo a bala de gengibre.
Comida leve. Pão integral com um fina fatia de queijo, arroz integral, mingau, massas sem gordura, um pouquinho de doce, saladas e sucos. Esqueça as carnes vermelhas, molhos, frituras, alimentos enlatados e industrializados.
Mitos que não se devem seguir
A melhor forma de curar ressaca é tomando outra por cima. Isso não funciona, é como recuperar um drogado ministrando doses cada vez menores da mesma droga. Na verdade isso não passa de um caminho para o alcoolismo. A cada dia mais toxinas vão se acumulando e no final o efeito pode ser extremamente danoso ao organismo.
Tomar medicamentos para a dor de cabeça também pode ser uma faca de dois gumes. Pode ser até que passe a dor de cabeça, mas irá piorar as dores de estômago, além de sobrecarregar ainda mais os rins e fígado, somando os danos com o do álcool. Por isso eu ainda continuo pondo em questão o famoso um comprimido antes e outro depois. Eu não recomendo essa prática.
Outros mitos que devem ser evitados: uma colher de azeite impede a ressaca e demora a ficar bêbado; tomar coca-cola cura a ressaca; e tomar ovo cru.
Mitos até aceitáveis: tomar café e banho frio não curam a ressaca, mas deixa a pessoa mais alerta e disposta caso precisa fazer alguma atividade.
Jeferson Machado Santos.
CRF-SE: 658.
Farmacêutico pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.
Habilitação em Bioquímica Clínica pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.Especialista em Administração de Empresas pela FIJ-RJ.Especialista em Farmacologia e Interações Medicamentosas pela Uninter-IBPEXFarmacêutico pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.
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