Em entrevista à imprensa, o governador Marcelo Déda (PT) revelou
que tem trabalhado para reconstruir o apoio da maioria dos
parlamentares na Assembleia Legislativa, perdida desde fevereiro do ano
passado após o rompimento político com os irmãos Eduardo e Edivan
Amorim, que detêm a casta. Ele admitiu, no entanto, que essa não é uma
tarefa fácil.
“Não é bom para o governo ser minoria. O bom é ter maioria, mas nem
sempre se consegue. Eu, por exemplo, não consegui ainda”, afirmou,
ressaltando que o fato de ter um apoio reduzido no Parlamento, o ajuda a
ter mais compreensão também. “Dá mais trabalho, mas ajuda botar a bola
no chão, olhar o campo e ter mais humildade”, admitiu Déda, ao
completar que “tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim”.
Um ano depois de perder a maioria, Déda tenta ampliar base de apoio
O governador destacou que nem sempre os deputados querem apoiar o
governo. “Eu, durante dez anos, fui deputado de oposição e durante esse
tempo não passei um segundo no governo. Para mim, naquele momento,
importava cumprir o papel de oposição”, ressaltou Déda, que está em São
Paulo.
Segundo ele, o esforço de manter o diálogo, continua. “Tive maioria
até o ano passado, mas uma divergência na base inviabilizou a
convivência”, disse, reportando-se aos conflitos que surgiram após o
processo da eleição antecipada da mesa diretora da Assembleia
Legislativa. “São coisas da política. Não é a primeira e nem será a
última vez que isso ocorre”, afirmou.
Ele acrescentou que alguns deputados têm projetos estratégicos e
precisam mostrar atitude na oposição ao governo. “Não há nada de
assombroso nisso”, afirmou, observando que “nenhuma coligação é feita
sob os votos da eterna união”.
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