Uma tarde histórica no Batistão. Após quase dez anos de angústia,
sofrimento e esperança de dias melhores, o lado vermelho do principal
estádio de Sergipe finalmente voltou a sorrir. O Sergipe empatou com o
River Plate em 1 a 1 e levantou a Taça Governo de Sergipe, o primeiro
turno do Campeonato Sergipano, após jejum de títulos que esteve próximo
de completar uma década. Leandro Kível abriu o placar para o Ouro Negro,
e David, de pênalti, igualou. O Sergipe é o primeiro clube brasileiro
do ano a erguer um troféu de campeonato estadual em 2013 (turno), e
fecha sua participação com uma campanha impecável. Invicto, com o melhor
ataque e a melhor defesa.
Com a conquista desta primeira etapa do Campeonato Sergipano, o Sergipe
garante uma vaga na Copa do Brasil de 2014. O Colorado volta a disputar
a competição nacional após sete anos. A última participação foi em
2006, quando o time foi eliminado ainda na primeira fase para o Santos. O
título não garante ao alvi-rubro nenhum tipo de privilégio para o
segundo turno. Esta nova etapa do Estadual começa do 'zero', com as
entradas de Confiança e Itabaiana, que disputavam a Copa do Nordeste. Na
próxima quarta-feira, o Sergipe reinicia sua caminhada na competição
contra o Lagarto, às 20h15, no Batistão. O River Plate recomeça no
Estadual enfrentando o Estanciano, no mesmo dia e horário, no Francão,
em Estância.
Sergipe é o primeiro time brasileiro a levantar taça em 2013 (Foto: Fillipe Araújo-FSF)
Precisando do resultado, o River Plate começou o jogo com um volume de
jogo mais intenso. O time teve mais posse de bola e tentou trocar
passes, mas sentiu dificuldades de encontrar espaços. Aos poucos,
conseguiu se aproximar da área do rival e pressioná-lo de forma mais
efetiva A blitz inicial funcionou bem e o gol dos petroleiros saiu aos
11 minutos de jogo. Em cobrança de falta, a bola foi rolada para Leandro
Kível, que acertou um chute certeiro no gol rubro, abrindo o placar.
O gol mexeu com o time da capital. Perdido no jogo, deu chances para o
River Plate criar outras situações de gol. E quando chegava ao ataque,
finalizava mal. Percebendo o momento inferiror, o técnico do Sergipe,
Givanildo Sales, apertou a marcação e pediu mais velocidade na saída de
bola. As orientações começaram a surtir efeito e os colorados cresceram
no jogo.
Sergipe conseguiu administrar vantagem e empatou em 1 a 1 (Foto: Fillipe Araújo-FSF)
O empate quase aconteceu aos 26 minutos. Rodrigo construiu boa jogada e
tocou para Nivaldo que, da entrada da área, fez o giro e bateu por cima
do gol. Mas não demorou a chegar. Aos 28, Fábio Júnior derrubou Nivaldo
na área. O árbitro Claudionor dos Santos Júnior marcou o pênalti. David
cobrou firme, no centro do gol, e não deu chances à Pablo, que pulou no
canto direito.
Depois de igualar o placar, o alvi-rubro passou a ser melhor no jogo.
As saídas de Lelê e Kível, ainda no primeiro tempo, deixaram o Ouro
Negro ainda mais fragilizado. Aos 44 minutos, o Sergipe quase virou.
Almir Sergipe levantou a bola na área e Fabinho Cambalhota bateu. A
defesa do River fez o corte e, no rebote, Rodrigo chutou e mais uma fez a
zaga petroleira tirou. Na terceira chance, Carlinhos bateu e acertou a
trave.
Sergipe confirma superioridade
No segundo tempo o Sergipe conseguiu manter a superioridade mostrada
nos últimos minutos da primeira etapa. O vermelhinho criou boas
oportunidades, mas pecou nos detalhes na hora da conclusão. A maior
parte das chances foram criadas pelo setor de direita. Cambalhota
finalizou duas vezes. Na primeira, chutou para fora, na segunda, parou
na boa defesa de Pablo. Em outro lance, Carlinhos cruzou rasteiro, mas
muito forte, e FC9 não alcançou.
O Sergipe quase virou com o zagueiro Cláudio Baiano. No bate rebate
dentro da área do River, o defensor encontrou espaço para bater, mas
Pablo salvou. Muribeca entrou no jogo no lugar de Almir Sergipe e, na
sua primeira participação, quase fez. Ele acertou o travessão de Pablo.
Torcida colorada compareceu em peso no Batistão (Foto: Fillipe Araújo-FSF)
Nos minutos finais, o River ensaiou uma pressão para retomar a
dianteira do placar, mas foi em vão. Das arquibancadas já soava o grito
engasgado de campeão. Era o reencontro do vermelhinho com a sina de
campeão.
Marcão, Carlinhos, Itamar, Cláudio Baiano, Leonardo e David (Alberto); Rodrigo (Lelo), Rafael e Almir Sergipe (Victor Muribeca); Fabinho Cambalhota e Nivaldo. | Pablo, Magno, Bira, Márcio e Nilton; Wallace, Lelê (Rickson), Wendell (Glauber) e Everton; Fábio Júnior e Leandro Kível (Robson). | |
Técnico Givanildo Sales | Técnico Jorge Replay | |
Arbitragem: Claudionor dos Santos Júnior, José Carlos Vieira e Fernanda Francieli Lima | ||
Estádio Lourival Batista-Batistão-Aracaju | ||
Público-5.753/ Renda-R$57.925 |
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