MINHA VIDA!

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Taxista é assassinado a tiros no bairro Santa Maria

Família suspeita que o motorista teria reagido a um assalto
 
Taxistas se concentram na porta de velatório (Fotos: Portal Infonet)
O taxista Manoel Nilton de Souza Messias, 56, conhecido como Bigode, foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira, 17, no bairro Santa Maria, em Aracaju. A família acredita que o motorista teria reagido a um assalto praticado por dois homens que teriam se passado por clientes.

O taxista foi encontrado ainda com vida, encostado ao volante do próprio veículo, um Parati, de placa IAF 0256/SE, e faleceu quando recebia atendimento médico no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). “Foi uma crueldade”, reage a estudante Raquel Messias Milet, sobrinha da vítima.


O taxista foi executado numa localidade conhecida como Sovaco da Gata. Populares mobilizaram o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Policiais da 4ª Companhia e do 1º Batalhão da PM resguardaram o local e procuraram a família.


Feira
Valtene Santos defende mudança nos critérios de abordagens
Bigode teria chegada em casa à noite para levar a feira que teria feito no Augusto Franco, em Aracaju. A esposa, identificada como Judite, tentou convencê-lo a não retornar, mas ele insistiu dizendo que iria trabalhar. Neste trajeto, o taxista teria se deparado com os dois homens que se passaram por clientes e o atraíram para o Sovaco da Gata, onde o crime ocorreu.

Por volta das 22h30, a esposa do taxista foi despertada por policiais que o advertiram que a vítima estaria sendo encaminhada ao Huse. Momentos mais tarde, os familiares receberam a informação da equipe do hospital dando conta que o taxista não teria resistido aos ferimentos. “A gente acha que ele reagiu ao assalto. Atiraram nele e também nos pneus. Destruíram o carro e não levaram nada”, diz a estudante Raquel Milet.

Nesta manhã, colegas do taxista foram prestar a última homenagem no velório, em Aracaju. “Está muito difícil trabalhar desta forma: a segurança que adotaram para proteger taxista não está servindo de nada”, comentou o taxista Valtene Santos, que há 28 anos exerce a profissão. “Faço um apelo aos agentes de segurança para dar mais atenção na forma de abordagem, que não está sendo favorável à classe. Primeiro tem que abordar o passageiro e depois abordar a gente também”, observa.

O corpo será transportando ainda nesta manhã para a cidade de Lagarto, onde será sepultado às 16h.

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