Bruno confessou na noite desta sexta, 26 ter matado Leandro
Delegado Rivaldo Barbosa (Foto: Marcos Tristão/O Globo) |
“A gente não está diante de um criminoso, mas de uma pessoa que cometeu
um crime”. A afirmação contundente foi feita na manhã deste sábado, 27,
pelo titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Rivaldo
Barbosa em entrevista à reportagem do Portal Infonet, sobre a confissão do estudante sergipano Bruno
Eusébio dos Santos, 26, acusado de ter assassinado o colega de
república, o cearense José Leandro Pinheiro, 21 na madrugada da
quinta-feira, 25. A motivação do crime teria sido a prática de bullying
[ameaça, em inglês].
Foram 15 horas de depoimento na sede da Divisão de Homicídios do Rio de
Janeiro nesta sexta-feira, 26, ao delegado Rivaldo Barbosa e de
psicólogos. Somente no finalzinho da tarde, Bruno Euzébio se fortaleceu
para confessar ter matado o colega Leandro Pinheiro. “No primeiro
momento, Bruno ficou em silêncio em nossa frente e da junta de
psicólogos da Divisão de Homicídios, mas por volta das 17h ele foi se
encorajando e começou falar, mas pediu a presença de familiares,
coincidentemente os pais e uma tia chegaram”, conta o delegado Rivaldo
Barbosa.
“Ele confessou o que já tínhamos constatado, mas ainda faltava a
motivação do crime, foi quando falou que sofria bullying desde que
chegou à república e que aquilo ficou guardado em sua mente. Segundo
Bruno, ele procurou um psicólogo, um psiquiatra na Barra da Tijuca e
depois um psiquiatra em Copacabana e que os remédios do primeiro
psiquiatra não faziam efeito e ele não conseguia dormir, geravam fadiga e
com isso as notas no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada
(Impa), onde fazia mestrado, não estavam a contento. Foi quando procurou
o segundo psiquiatra e passou a tomar outros remédios", relata o
delegado.
Os pais de Bruno Eusébio pediram desculpas à família de José Leandro
Pinheiro. Ele e o autor do crime moravam em uma república com mais 11
estudantes, só que o delegado explicou que eram em andares diferentes.
Bullying
Bullying é uma prática comum nas escolas, onde um aluno ou um grupo
demonstra atitudes agressivas, repetitivas, e sem razão, contra um
colega ou grupo de colegas, que costuma(m)guardar tudo na mente. Os
tipos de agressão vão desde insultos até o isolamento social da vítima,
passando por ataques físicos, fofocas e chantagens. Tudo com o objetivo
de intimidar e humilhar o outro jovem.
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