A família do pintor Edvaldo da Graça e da dona de casa Maria Rejane
Alves de Oliveira vive um drama. O filho do casal, de aproximadamente
seis meses de gestação, nasceu morto na tarde do dia 17 de outubro na
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju. O corpo seria entregue
à família na terça-feira, mas no momento em que solicitaram para que
fosse sepultado em Japaratuba, município onde residem, os pais foram
informados que o bebê não foi encontrado.
Foto: Portal Infonet
Foto: Portal Infonet
Revoltado com a situação, o pai da criança procurou a polícia, que
apura o caso. Ele conta que chegou à maternidade às 10h, e permaneceu no
local até às 19h, à espera de uma explicação sobre o desaparecimento de
seu filho. "Esperamos até às 15h. Eles não me forneceram nenhuma
desculpa e fui atrás dos meus direitos. Infelizmente quem está sofrendo
com esta situação é nossa família. Minha esposa está muito abalada com a
perda, e vamos aguardar uma resposta da maternidade que marcou uma
reunião amanhã", disse.
Edvaldo ainda faz mais uma denúncia com relação à maternidade e alega
que queriam lhe entregar outra criança. "O funcionário me procurou e
até quis me convencer que um dos bebês de lá era meu, mas tenho certeza
que não era. Vieram me dar um corpo de uma menina, mas meu filho é do
sexo masculino. Tirei até as fotos dele", denuncia, acrescentando que
nenhuma criança que está no necrotério possui etiqueta de identificação.
Ele conta ainda que esta foi a segunda gestação de Maria Rejane. Ela
se sentiu mal na manhã do dia do parto e foi levada para o hospital de
Japaratuba. De lá, ela foi encaminhada para a unidade hospitalar de
Capela e posteriormente para a maternidade da capital onde ficou
internada até a manhã de sábado (20). Edvaldo diz que a esposa teve uma
gravidez tranquila e que fez um pré-natal sem complicações.
A assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS)
informou que abriu um processo administrativo para apurar o caso. "De
imediato, solicitamos toda a documentação de entrada e saída de corpos
desde a data do óbito do bebê para apurarmos caso a caso para
identificar o mais rápido possível o que aconteceu, se houve erro do
servidor do necrotério ou de outra família que teria reconhecido o feto
errado. Tudo precisa ser considerado em uma avaliação como esta", afirma
o procurador da FHS, Carlos Diego de Freitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário