MINHA VIDA!

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domingo, 14 de outubro de 2012

Rebelião de Glória é encerrada após negociações

Algumas mulherem queriam permanecer com os maridos na unidade
Mulheres e crianças foram as primeiras a ser liberadas (Fotos: Portal Infonet)
Após uma manhã de intensa negociação com os detentos, a rebelião no presídio Senador Leite Neto no município de Nossa Senhora da Glória foi encerrada no início da tarde deste domingo, 14. Dentre as reivindicações dos presos estavam à ampliação da visita íntima e do espaço físico da unidade.
Desde às 14h do último sábado,13, presos estavam rebelados e mantinha um agente como refém. As negociações tiveram início por volta das 9h como solicitaram os detentos e para tentar negociar foi preciso a presença do secretário dos Direitos Humanos e Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, a juiza da Vara de Execuções Penais, Hercilia Maria Fonseca e as equipes policiais que se encontravam dentro da unidade.
Algumas horas após o início das negociações, já era possível perceber que a rebelião se encaminhava para o fim. Aos poucos, mulheres e crianças foram deixando o presídio com o auxílio da polícia. Mesmo sendo liberadas, algumas delas disseram desejar permanecer dentro da unidade.
Segundo Miriam Correa de Lima, esposa de um dos detentos, as mulheres não foram mantidas reféns e permaneceram na unidade por vontade própria.  “Nós só saímos porque os nossos maridos pediram. Esse presídio é uma bomba relógio e não cabe mais ninguém. São 13 homens dentro de uma cela”, conta ao acrescentar que os detentos não fizeram confusão dentro da unidade.
O agente Nelson Inácio garantiu que não sofreu agressões
A espera de notícias da filha, a dona Gilvani Alves dos Santos, não conteve as lágrimas ao rever a filha que tinha ido ao presídio se encontrar com o marido.  “Eu sabia que ela estava bem, mas fiquei preocupada”, conta.
Mesmo após serem liberadas, familiares dos presos permaneciam próximo ao cordão de isolamento acompanhando as negociações e em busca de informações.
Cerca de uma hora após as esposas serem liberadas, o agente Nelson Inácio dos Santos, finalmente foi solto pelos internos, sendo encaminhado a uma unidade de saúde para ser examinado pelos médicos. Bastante tranquilo, o agente garantiu que em nenhum momento sofreu agressões. “Eu não fui agredido. Eles me trataram bem e sempre me davam comida e meu remédio. Graças a deus está tudo bem e estou vivo”, conta.
A todo momento chegava reforço policial
De acordo com o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, Luiz Eduardo Oliva. “É a segunda rebelião que em menos de 24 horas ela é resolvida sem que haja um único preso ferido, que não tenha problema nenhum. O problema do ferimento desse preso é antes da rebelião. Então nós conseguimos controlar, conversar, dar uma credibilidade dos detentos para ser cumprido, o secretário Benedito acatou as reivindicações que eram justas”, afirma.

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