Algumas mulherem queriam permanecer com os maridos na unidade
Mulheres e crianças foram as primeiras a ser liberadas (Fotos: Portal Infonet) |
Após uma manhã de intensa negociação com os detentos, a rebelião no
presídio Senador Leite Neto no município de Nossa Senhora da Glória foi
encerrada no início da tarde deste domingo, 14. Dentre as reivindicações
dos presos estavam à ampliação da visita íntima e do espaço físico da
unidade.
Desde às 14h do último sábado,13, presos estavam rebelados e mantinha um agente como refém. As negociações tiveram início por volta das 9h como
solicitaram os detentos e para tentar negociar foi preciso a presença
do secretário dos Direitos Humanos e Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, a
juiza da Vara de Execuções Penais, Hercilia Maria Fonseca e as equipes
policiais que se encontravam dentro da unidade.
Algumas horas após o início das negociações, já era possível perceber
que a rebelião se encaminhava para o fim. Aos poucos, mulheres e
crianças foram deixando o presídio com o auxílio da polícia. Mesmo sendo
liberadas, algumas delas disseram desejar permanecer dentro da unidade.
Segundo Miriam Correa de Lima, esposa de um dos detentos, as mulheres
não foram mantidas reféns e permaneceram na unidade por vontade
própria. “Nós só saímos porque os nossos maridos pediram. Esse presídio
é uma bomba relógio e não cabe mais ninguém. São 13 homens dentro de
uma cela”, conta ao acrescentar que os detentos não fizeram confusão
dentro da unidade.
O agente Nelson Inácio garantiu que não sofreu agressões |
A espera de notícias da filha, a dona Gilvani Alves dos Santos, não
conteve as lágrimas ao rever a filha que tinha ido ao presídio se
encontrar com o marido. “Eu sabia que ela estava bem, mas fiquei
preocupada”, conta.
Mesmo após serem liberadas, familiares dos presos permaneciam próximo
ao cordão de isolamento acompanhando as negociações e em busca de
informações.
Cerca de uma hora após as esposas serem liberadas, o agente Nelson
Inácio dos Santos, finalmente foi solto pelos internos, sendo
encaminhado a uma unidade de saúde para ser examinado pelos médicos.
Bastante tranquilo, o agente garantiu que em nenhum momento sofreu
agressões. “Eu não fui agredido. Eles me trataram bem e sempre me davam
comida e meu remédio. Graças a deus está tudo bem e estou vivo”, conta.
A todo momento chegava reforço policial |
De acordo com o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania,
Luiz Eduardo Oliva. “É a segunda rebelião que em menos de 24 horas ela é
resolvida sem que haja um único preso ferido, que não tenha problema
nenhum. O problema do ferimento desse preso é antes da rebelião. Então
nós conseguimos controlar, conversar, dar uma credibilidade dos detentos
para ser cumprido, o secretário Benedito acatou as reivindicações que
eram justas”, afirma.
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