Foto: Diogo Moreira/Folhapress
Uma queda de braço entre servidores do Judiciário Federal em São Paulo e o governo pode afetar o registro dos candidatos para as eleições. Pelo menos 25% dos funcionários do TRE entraram em greve por reajuste salarial. Leia na matéria da Folha:
Servidores do Judiciário Federal em São Paulo, que inclui a Justiça Eleitoral e do Trabalho, iniciaram greve ontem, com um ato em frente ao Tribunal Regional Eleitoral. Os cerca de 300 manifestantes fecharam a rua Francisca Miquelina à tarde, dificultando o acesso ao prédio do TRE.
Segundo a Justiça Eleitoral, 25% dos 930 funcionários do TRE aderiram à paralisação. A ameaça dos grevistas é afetar o registro dos candidatos para as eleições, cujo prazo vai até 5 de julho.
Funcionários de Minas, Rio Grande do Sul, Alagoas e Distrito Federal aprovaram paralisações de 48 horas nos dias 4 e 5, segundo a federação nacional da classe, ligada à Central Única dos Trabalhadores. Eles pedem reajuste de 31%.
O governo federal sinalizou ontem que, a despeito da onda de greves de projetos no Congresso pela liberalização de reajustes salariais, não concederá aumentos sem haver previsão orçamentária.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que em um momento de crise econômica não há possibilidade de executar despesas sem "amparo orçamentário". "Você não pode pagar o que o Orçamento não prevê", afirmou.
A pressão sobre o governo ganhou força há duas semanas, com a adesão de servidores de ao menos oito ministérios, que declararam greve ou ameaçam cruzar os braços. Outra categoria com paralisação é a dos professores universitários. "Se [as categorias] pararem sem a condição de fazer o pagamento, vai gerar um impasse sem eficácia", afirmou Ideli.
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