O taxista Edson Silva Santos, 34, faleceu na madrugada desta
terça-feira, 17, nas dependências do Hospital de Urgência de Sergipe
(Huse) com suspeita de ter sido mais uma vítima de agressão física. As
circunstâncias da morte são misteriosas.
De acordo com informações da família, o taxista saiu de casa no
sábado à noite, 14, acompanhado da esposa e de mais quatro amigos para
assistir a um show de reggae em Aracaju. Antes do encerramento do show, o
taxista se afastou do grupo dizendo que iria comprar cervejas, mas não
retornou.
Uma amiga da família teria visto o taxista na parte externa do espaço
onde estaria sendo realizado o show. Era pouco mais de 1h da manhã,
segundo relatos da família, e ele estava agonizando. A amiga da família
tomou a iniciativa de buscar socorro, ligando para o comerciante Ismael
Silva, 35, um dos irmãos da vítima, dizendo que o taxista passava mal.
O comerciante Ismael Silva diz que o socorro médico por meio do
Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) só veio depois que ele
já se encontrava no local. "O pessoal pediu apoio do CPTran, mas eles
disseram que nada podiam fazer e orientou o pessoal a ligar para o
Samu", reclama o comerciante.
A vítima foi encaminhada, inicialmente, para a Unidade de Pronto
Atendimento Zona Sul (Fernando Franco, no Conjunto Augusto Franco) e, na
manhã do domingo, 15, foi transferida para o Huse.
Segundo informou a técnica de enfermagem Maria Fonseca, tia do
taxista, o paciente recebeu alta hospitalar na manhã da segunda-feira,
16, mas o taxista voltou a passar mal, alegando fortes dores nas costas e
dormência nas pernas, e os familiares o levaram ao Hospital Zé Franco,
em Nossa Senhora do Socorro.
Daquela unidade, o paciente voltou a ser transferido para o Huse,
onde faleceu na madrugada desta segunda-feira, 16. Apesar do convívio
com a família, o taxista não esclareceu o que teria ocorrido com ele no
início da madrugada do domingo, 15, na área externa do espaço onde
estava sendo realizado o show.
"Ninguém sabe o que aconteceu, não podemos culpar ninguém", diz a tia
Maria Fonseca. "Ninguém sabe se ele foi agredido dentro ou do lado de
fora", complementa a tia, dizendo que o taxista não tinha inimigos nem
também nunca teria se envolvido em brigas. "Era um cara pacato", resume o
irmão Ismael Silva.
O corpo foi removido pela equipe do Instituto Médico Legal (IML), onde chegou às 6h05 da manhã desta terça, 17.
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