A multidão azul que promete receber o Chelsea para desfile nos
arredores do Stamford Bridge, neste domingo, tem uma missão: cantar
parabéns para Petr Cech. Como se não bastasse ter sido um dos principais
responsáveis pelo tão esperado título da Liga dos Campeões da Europa,
conquistado com vitória por 4 a 3 nos pênaltis – após 1 x 1 nos 120
minutos de bola rolando -, sobre o Bayern de Munique, na Allianz Arena, o
goleiro tcheco completa 30 anos no dia do retorno a Londres para
dividir com o torcedor dos Blues o presente mais esperado dos últimos
oito anos: o troféu de campeão europeu.
- Estou muito satisfeito. É meu aniversário, e eu não podia receber um
presente melhor. Defender um pênalti na prorrogação, mais dois na série
decisiva e ainda ver seu time levar a Champions League. Certamente, não
há nada melhor – definiu o goleiro.
Robben, na prorrogação, Olic e Schweinsteiger foram as vítimas de Cech,
que comentou ainda o fim do tabu azul na competição. Acostumado a
montar elencos milionários desde que Roman Abramovich comprou o clube,
em 2003, o Chelsea chegou a seis semifinais nos últimos nove anos, mas
foi justamente quando foi apontado como azarão que ficou com o título,
conforme analisou o goleiro.
- Parece que estava escrito. Em muitos anos fomos muito bem na Premier
League, mas não conseguíamos sucesso na Champions. Dessa vez, tudo deu
errado na liga, ficamos em sexto, uma posição que nunca ficamos, mas
vencemos a Champions League. Já tínhamos ganhado a FA Cup, e
transformamos uma temporada em que por muitas vezes todos nos tinham
como fora.
Cech lembrou, porém, que a desconfiança sobre o potencial da equipe foi
um dos principais fatores de motivação para campanha de recuperação que
praticamente chegou ao fim após a derrota por 3 a 1 para o Napoli, na
Itália. O resultado, inclusive, causou a queda do treinador André
Villas-Boas, o que dividiu claramente os rumos do time.
Goleiro voa para defender pênalti na final da Liga: atuação decisiva do camisa 1
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