Agenildo dos Santos e Genaro dos Santos permanecem foragidos
Dois dias após o assassinato
do idoso José Francisco Monteiro, o ‘Zeca de Arlinda’, a Coordenadoria
de Polícia Civil do Interior (Copci) efetuou a prisão de três acusados
pelo crime. Denúncias anônimas auxiliaram o trabalho da polícia, que
chegou ao local onde os objetos roubados na casa da vítima foram
armazenados. Outros dois membros da quadrilha permanecem foragidos.
Girleide Cruz de Santana, 35, foi a primeira localizada entre os
suspeitos, que permitiu à polícia a identificação dos demais autores do
crime. Segundo informações do delegado Ataíde Alves, responsável pela
investigação, Girleide relatou que seu companheiro, o foragido Agenildo
Ricardo dos Santos, foi o mentor do homicídio.
“Após denúncias, encontramos a casa de Girleide. Ela não tinha como
negar seu envolvimento, pois todos os objetos levados da casa do senhor
José Francisco, incluindo roupas, estavam lá. Ela era diarista na casa
da vítima, e afirma que ficou do lado de fora da casa quando o crime
aconteceu. Nós consideramos a versão de Girleide inverossímil”, expõe o
delegado.
Além de Girleide e Agenildo, participaram do crime Júlio César de Jesus
Carvalho, conhecido como ‘Sadam’; Adenildo Ricardo dos Santos, irmão de
Agenildo; e Genaro José dos Santos, o ‘cabeludo’ ou ‘Daniel’. Girleide,
Júlio César e Adenildo foram presos. Agenildo e Genaro permanecem
foragidos.
Todas as prisões ocorreram no município de Lagarto, e nenhum dos
suspeitos mantinha antecedentes criminais. Os acusados serão indiciados
pelo crime de roubo seguido de morte, podendo contrair pena entre 20 e
30 anos de reclusão. Da casa do acusado foram levados uma TV 14
polegadas e um receptor de sinal de TV, entre outros aparelhos
eletrônicos, além de um bujão e pertences pessoais.
O delegado relata a dinâmica do crime. ”Eles fecharam o cerco ao redor
da casa por volta da meia noite, e chamaram a vítima do lado de fora.
Quando a vítima apareceu, eles deferiram um golpe de foice, que o fez
cair. Depois da queda, outro golpe foi desferido. Agenildo foi o autor
dos dois golpes, e ele mesmo teve a ideia de colocar um colchão em cima
da vítima e atear fogo. O alcance das chamas foi tamanho que parte do
teto desabou”, descreve.
Versão
Em declaração à imprensa, Girleide afirma ter sido coagida a participar
do crime. “Eu fui obrigada. Ele [Agenildo] cortou meu cabelo de faca na
noite anterior e disse que queria me matar. Ele disse que fez isso por
que os dois [Agenildo e José Francisco] já tinham uma rixa antiga”,
alega.
Com relação aos objetos encontrados em sua casa, a acusada afirma que
inicialmente foram deixados em uma mata próxima a casa da vítima, no
povoado Barro Vermelho. Por ter sido ameaçada de morte pelo companheiro,
Girleide deixou sua casa na tarde posterior. Na oportunidade, os demais
acusados teriam levado o fruto do roubo à casa de Girleide.
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