Prefeitura foi depredada, ônibus incendiado e jornalistas ficaram feridos na passeata desta terça-feira.
Manifestação seguiu para o viaduto Jornalista Carvalho Déda, conhecido popularmente como viaduto do DIA (Foto: Flávio Antunes/G1)
Policiais fazem barreira na porta da prefeitura (Foto: Flávio Antunes/G1) |
Reunindo mais de 10 mil pessoas nesta terça-feira (25), a
manifestação 'Acorda Aracaju' terminou em vandalismo. A passeata iniciou
pacífica pelas ruas da capital, mas acabou com 16 presos e 15
adolescentes apreendidos após depredação da prefeitura e fogo em um
ônibus. Dois policiais foram feridos: uma militar quebrou o braço e um
colega dela recebeu pedrada em uma perna.
Quando os manifestantes chegaram na Prefeitura de Aracaju, os
vândalos que estavam entre eles tentaram invadir o prédio, gritaram
palavras de ordem contra as autoridades e incentivaram a baderna.
Os vândalos chegaram ao local fazendo muito barulho e gritando
palavras de ordem contra as autoridades e polícia. Em seguida começaram a
jogar pedras, madeiras e fogos de artifício no prédio.
Alguns subiram na guarita e incentivaram os outros a subir também. Os
vidros foram quebrados e o clima seguiu tenso até a chegada do Batalhão
de Choque que chegou ao local para evitar o vandalismo.
Fogo em ônibus
Os manifestantes seguiram para o Terminal do DIA, onde os atos de
vandalismo voltaram a ocorrer. Um ônibus da linha Bairro
Industrial-Atalaia, que estava preso no congestionamento, foi
incendiado, mas os passageiros que estavam no veículo saíram antes.
Os bombeiros chegaram ao local escoltados por policiais e conseguiram
conter as chamas. Alguns vândalos foram presos e outros seguiram
fazendo baderna no Conjunto Médice e encerraram fechando o trânsito na
Avenida Adélia Franco por volta das 23h.
Ônibus ficou completamente destruído após ser incendiado por vândalos em Aracaju (Foto: Flávio Antunes/G1)
Manifestante desmaiou após inalar fumaça de bombas de efeito moral (Foto:Flávio Antunes/G1) |
Um rapaz de aproximadamente 20 anos passou mal e desmaiou quando a
polícia começou a jogar bomba de efeito moral. Ele estava sentado na
Avenida Adélia Franco, nas proximidades do Viaduto Jornalista Carvalho
Déda, no momento em que a polícia se aproximou no sentido dele jogando
bombas de efeito moral.
O Grupamento Especial Tático Sobre Motos (Getam) recebeu a informação
de que dois homens que estavam em uma motoneta portavam arma de fogo e
interceptaram uma motoneta semelhante a indicada na denúncia na Avenida
Adélia Franco, mas não encontraram os homens armados.
Policiais encontraram fogos de artificio em um bagageiro de uma moto.
Eles eram iguais aos que estavam sendo usados para atacar a polícia.
Policiais do Getam abordam suspeitos de estarem armados, mas só encontrou fogos de artifício (Foto: Flávio Antunes/G1)
Fotojornalista foi atingida por uma pedra (Foto: Flávio Antunes/G1) |
Jornalistas atingidos
O repórter cinematográfico da TV Sergipe, Zé Mário, e a repórter
fotográfica, Ana Lícia Menezes, do jornal Cinform, foram atingidos por
pedras durante a manifestação, no momento em que uma minoria radical
tentava invadir a sede da prefeitura atirando pedras.
"Eu estava cobrindo a manifestação e em um determinado momento
algumas pessoas jogaram pedras na minha cabeça e ameaçaram entrar na
prefeitura. Foi nessa hora que fui atingida por uma pedra", explicou a
jornalista ao G1.
O ferimento foi leve e ela pediu gelo para ambulantes que vendiam
água no local, colocou no ferimento e seguiu a manifestação para
continuar a cobertura. O cinegrafista Zé Mário foi atingido com pedras
na barriga, mas passa bem.
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