A Polícia Civil suspeita que o cantor Chorão, do Charlie Brown Jr,
tenha sido vítima de overdose de drogas. Segundo o delegado Luiz
Romani, do 14º Distrito Policial, no apartamento do artista, em
Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, foi encontrado um pó branco, que
será periciado – ele suspeita que seja cocaína. “Por enquanto, o
principal suspeito é a droga”, disse Romani, que atendeu a ocorrência
nesta manhã, sobre a causa da morte do artista.
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em foto obtida pelo G1,
é possível observar um pó branco ao lado de latas de refrigerante e
bebidas alcóolicas. A existência desse pó branco é relatada no boletim
de ocorrência registrado no 14º DP.
Chorão foi encontrado desacordado na madrugada desta quarta-feira (6)
por seu segurança e motorista. Eles acionaram o Samu, que constatou que o
cantor já estava morto. Em seguida, a Polícia Militar foi chamada.
Segundo Romani, Chorão foi encontrado de bruços, na cozinha do
apartamento duplex de 250 metros quadrados. O imóvel tem cinco suítes e
porta blindada.
Segundo o delegado, a investigação apurou que chorão estaria fazendo uso de drogas recentemente. O G1
apurou que testemunhas relataram aos investigadores da Polícia Civil
que Chorão estava passando por uma crise de depressão e fazendo uso de
drogas após se separar da ex-mulher, há cerca de seis meses. Nesta
manhã, a apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, contou que Chorão
estava em depressão e reclamava de solidão.
Imagens obtidas pelo G1 mostram o estado que estava o
apartamento de Chorão. Nas fotos é possível ver que o imóvel estava
bastante danificado, além de uma grande quantidade de embalagens de
bebidas alcóolicas encontradas. Ao deixar o apartamento de Chorão, o
delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), disse que o imóvel estava muito danificado, num "processo
de deterioração".
Itagiba acredita que os danos tenham sido feitos pelo próprio cantor,
já que o corpo foi encontrado com um dedo machucado e havia marcas de
sangue no local. “Não tem nada que estivesse no lugar. Ele estava
machucado no dedo, arrancou parte de uma unha, o que pode explicar as
marcas de sangue na parede”, disse o delegado.
No apartamento foram encontrados cerveja, energético, vinho, champanhe,
calmantes e analgésicos espalhados pela casa. Peritos apuram se Chorão
tenha tido um surto por conta da combinação de medicamentos, droga e
bebida alcóolica.
Chorão tinha escoriações nos pés, mãos e na cabeça. A polícia acredita
que o cantor tenha dado socos, pontapés e cabeçadas em móveis e na
parede do apartamento, onde havia marcas de sangue. A polícia também
apura se o artista tenha tido um ataque cardíaco.
A reportagem do G1 apurou que não havia sinais de luta
corporal, o que afasta a possibilidade de homicídio. Ainda assim, a
Polícia Civil vai requisitar imagens das câmeras de segurança do prédio
para saber quando Chorão entrou no edifício e se recebeu alguém em seu
apartamento.
O delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse nesta quarta-feira (6), que não acredita que o vocalista tenha sido vítima de um homicídio.
"Aparentemente não foi homicídio. O IML é que vai dar a causa da morte.
Aparentemente ou foi por uso de medicamento ou outra substância", disse
o delegado.
A apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, disse que ele reclamava
da solidão. Sônia era prima de chorão por parte de pai. Eles se
encontraram pela última vez há cerca de sete meses, no velório do pai da
apresentadora. Chorão, que segundo ela passava por uma depressão
profunda, reclamou da solidão.
“Na última conversa que tivemos ele disse: ‘o que me derruba é que a
gente nasceu sozinho e morre sozinho’. E ele morreu sozinho”, disse
Sônia. “Faz um tempo que ele estava num processo de depressão muito
profunda mesmo. Com o fim do casamento, as coisas pioraram muito para
ele”. Chorão terminou o seu segundo casamento, que durou 15 anos, há
cerca de seis meses, segundo informações da TV Globo.
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