Ao todo, cerca de 17 adolescentes entre 15 e 17 anos
Reginaldo Pinheiro, 45 anos (Foto: Reprodução Infonet) |
Está preso em uma delegacia da capital, Reginaldo Pinheiro dos Anjos,
de 45 anos, mais conhecido como “Doutor”. Ele se passava por olheiro de
um time de futebol do estado com promessas de que traria os jovens de
outros estados para as divisões de base de um clube sergipano.
Ao todo, cerca de 17 adolescentes entre 15 e 17 anos, oriundos de São
Paulo, Santa Catarina, Goiás e Salvador, foram atraídos pelo acusado. De
acordo com a delegada Mariana Diniz do Departamento de Atendimento a
Grupos Vulneráveis (DAGV), as investigações tiveram início em dezembro
de 2012 após denúncias feitas ao DAGV.
“A prisão dele ocorreu no dia de ontem [4] após uma investigação que se
iniciou por uma denúncia anônima, dando notícia de que adolescentes
eram atraídos por seu Reginaldo com promessas enganosas de que
ele colocaria os adolescentes em times de futebol de destaque aqui no
estado, com direito a moradia descente, mas na verdade quando chegavam
aqui ficavam submetidos a uma moradia precária, sem higiene e qualquer
conforto, diferente do que era proposto aos familiares dos
adolescentes”, conta a delegada.
Medicamentos utilizado pelo acusado |
Ainda segundo Mariana Diniz, os jovens eram de família humilde, sendo
que os próprios parentes tinham que desembolsar entre R$ 150 e 450 reais
para arcar com as despesas de moradia e alimentação dos garotos
enquanto permanecessem em Aracaju. “Todos disseram que a família fazia
uma vaquinha para poder realizar esse sonho deles que é ser um jogador
de renome. Vários deles disseram que Reginaldo costumava dopá-los
colocando medicamento no suco pra que eles pudessem ser mais facilmente
iludidos e serem explorados sexualmente”, informa.
No momento da prisão, policiais civis apreenderam na residência do
acusado vários medicamentos que segundo a delegada eram utilizados para
dopar os jovens. Reginaldo Pinheiro dos Anjos foi indiciado por tráfico
interno de pessoas para fins de exploração sexual, exploração sexual de
vulnerável e estelionato.
A delegada Mariana Diniz diz que as investigações continuam |
“Também nós já tínhamos a notícia de que ele comercializava os
medicamentos e possivelmente atestados médicos, mas isso ainda vamos dar
prosseguimento as investigações pra depois ter uma conclusão mais
clara”, diz.
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