MINHA VIDA!

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Igreja Católica.Do velho e do novo caminho


Desde o anúncio da renuncia do Papa Bento XVI na última segunda-feira, que muito tem se falado, comentado e escrito sobre o assunto. É preciso entender que o que está em discussão não é a descoberta do motivo que o levou a esta decisão. Se for por problema de saúde ou não, ou pelo desgaste da Igreja que aumentou nos últimos anos.
O certo é que os cardeais da Igreja Católica vão decidir se querem continuar com o velho caminho, cercado por velhos dogmas, ou mudar o rumo, apostando numa renovação que propiciei a Igreja Católica fortalecer seus fieis, mas ao mesmo tempo mantendo os alicerces principais do cristianismo.
O titular deste espaço estudou por duas vezes no Colégio Salesiano, numa delas, em 1978, lembra da morte de dois papas. O primeiro, Paulo VI, de morte natural (papado de 15 anos) e João Paulo I, que ficou apenas um mês, por conta de uma morte que até hoje suscita várias teses, uma delas de assassinato.
Há 35 anos, o papado de João Paulo I, não seria apenas inovador porque iria expor publicamente um escândalo sem precedentes no banco do Vaticano. João Paulo I tinha um perfil progressista e levaria a Igreja Católica para uma renovação importante através da revisão de posições tradicionais. Essa renovação foi adiada, e, embora carismático, o sucessor, o papa João Paulo II, teve um papado moderador (27 anos), onde as polêmicas não foram enfrentadas como deveriam. Seu carisma foi o principal alicerce para esconder exteriormente o que ocorria internamente dentro da Igreja.
Com a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI, em 2005, nada mudou nas convicções, já que o novo papa era o braço direito do anterior. Porém, Bento XVI não tem o mesmo carisma de João Paulo II e pode-se ser chamado de conservador radical com diversas declarações que acenderam ainda mais os problemas da Igreja Católica. Sem falar dos escândalos, envolvendo padres em todo o mundo expostos pela imprensa.
Depois da morte de João Paulo I, passando pelos 27 anos do papado de João Paulo II e os oito do atual papa, a Igreja Católica perdeu muitos fieis para outras religiões. O Brasil é um exemplo do que vem ocorrendo. Pelo último censo, de 2010, 64,6% da população declarou-se católica. Em 1970 era 91,8% e em 2000, 73,6%. Ou seja, em 10 anos (2000 a 2010) o número de católicos reduziu em 9%.
O Papa Bento XVI renunciará em 28 de fevereiro.  O mundo espera que o futuro papa não seja novo apenas por conta da cor (um negro, que defende a pena de morte para os gays está entre os mais cotados) ou pela nacionalidade.
Toda população mundial, independente de religião, torce para que o novo comandante da Igreja Católica coloque em prática as mudanças que foram adiadas há 35 anos, com a morte repentina do progressista João Paulo I. Com certeza, se tivesse realmente assumindo o comando da Igreja o número de fieis não teria caído desta forma.
Que o novo papa chegue. E suas ações sirvam de exemplo para todas as outras religiões. Que é preciso rejuvenescer, mas sem deixar de lado a essência do cristianismo.
Que todos possam gritar de verdade em latim: “Habemus papam!" Que traga a verdadeira “renova tio” (renovação) para a Igreja Católica.

por http://www.infonet.com.br/claudionunes

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