Quatro
pessoas foram assassinadas ontem em um bar na Estrada do Sabão, na Vila
Brasilândia, zona norte de São Paulo. Trata-se da oitava chacina
registrada neste ano apenas na capital e, mais uma vez, os matadores
estavam em uma moto, com capacete, e não foram identificados por
testemunhas que acompanharam a ação. Outras seis pessoas foram
assassinadas entre anteontem à noite e ontem, incluindo um PM na zona
sul da capital.
A polícia investiga se o soldado Adriano Garcia Barbosa, do 37.º BPM,
foi executado deliberadamente por bandidos no Capão Redondo ou
assassinado durante tentativa de assalto. Ele é o 95.º PM morto neste
ano no Estado. O ataque aconteceu por volta das 6h de ontem na Rua
Rosário Scamadi. O soldado seguia em uma moto, quando foi abordado por
dois bandidos que teriam anunciado o roubo. Barbosa teria reagido e
acabou atingido. A corporação não soube dizer ainda quantos tiros o
acertaram. Criminosos fugiram na moto dele.
Já o crime na Vila Brasilândia aconteceu a menos de 100 metros de uma
adega onde um policial militar sofreu um ataque e matou o agressor no
dia 8 de novembro. Testemunhas contaram à polícia que, por volta da
meia-noite, dois homens em uma moto passaram lentamente na frente do
bar, parando em seguida. Um deles entrou no local e atirou sem dizer
nada. Segundo testemunhas, enquanto um atirava, o outro recolhia os
estojos das balas, para não deixar provas do crime. Mesmo assim, a
perícia conseguiu resgatar um projétil de um dos corpos.
Foram mortos Antonio Marcos Santana Leal, de 42 anos, Claudinei
Pereira da Silva, de 41, Danilo Bonfim Viana da Silva, de 27, e Luciano
Araújo de Sousa, de 30. Outras duas pessoas, de 38 e 48 anos, também
foram baleadas e, até a noite de ontem, estavam em estado grave no
hospital.
Um dos sobreviventes estava de passagem pelo bar quando foi atingido -
recém-saído do trabalho, ele deixava o estabelecimento com duas
latinhas de cerveja, quando deu de cara com os matadores. Um dos mortos,
Claudinei, tinha acabado de chegar ao local para comprar cigarros. "Ele
não fazia mal para ninguém", disse o irmão da vítima.
Testemunhas contaram também que, assim que o atirador parou de
disparar contra as vítimas, outras duas pessoas em outra moto passaram
pelo local. No bar, a polícia encontrou duas máquinas de caça-níqueis.
Moradores relatam um clima de terror no bairro (leia depoimento ao
lado). "Outro dia mesmo, deram um cavalo de pau com o carro, na frente
do bar, e ficaram parados, olhando para dentro", afirmou um
ajudante-geral, de 30 anos. Foi ali também que a PM Marta Umbelina da
Silva, de 44 anos, foi assassinada em 3 de novembro. Ainda no início do
mês, dois dias após a morte da policial, sete pessoas foram assassinadas
na região em duas chacinas.
Violência. Além do assassinato do comerciante Rafael Jesus Fulaz, de
31 anos, e da mulher dele, Sibele Carla Pedroso, de 36, que estavam de
moto na Avenida dos Bandeirantes, na zona sul (leia na página ao lado), a
Grande São Paulo registrou quatro mortes violentas. Na zona leste,
Darlan Alves dos Santos de Malta, de 25 anos, foi baleado em Cidade
Tiradentes. Em Barueri, um homem foi achado morto.
UM DOS MORTOS MORAVA EM LAGARTO
UM DOS MORTOS MORAVA EM LAGARTO
Segundo informações, a vítima de nome Antônio Marcos Santana Leal, 42 anos, morou em Lagarto por um tempo. Ele era conhecido como “Cabeludo”, e trabalhava montando móveis no bairro Alto da Boa Vista. No bolso da vítima estava o telefone do ex-patrão, um comerciante de móveis da cidade de Lagarto. A polícia então fez contato e comunicou o ocorrido.
Ele havia deixado a cidade lagartense há três meses, onde morava com duas irmãs na Rua da Caridade.
Cabeludo era natural da cidade de Paripiranga-BA.
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