Em nota oficial, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cumprimentou a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) pela vitória e cobrou dela "fidelidade no cumprimento das promessas apresentadas durante a campanha eleitoral". Durante a campanha, Dilma se reuniu com lideranças católicas e evangélicas e afirmou ser contra o aborto. Ela também divulgou uma carta na qual reafirmou posições sobre aborto, liberdades religiosas e preceitos que não afrontem a família.
Nestas eleições, a CNBB apoiou o posicionamento de alguns bispos que orientaram seu fieis a não votar em Dilma. O bispo de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga Bergonzini, por exemplo, disse que orientou os padres de sua cidade a pregar nas missas o voto contra Dilma Rousseff.
O motivo, segundo ele, é a suposta defesa da legalização do aborto feita pela então candidata do PT. Ele também participou da distribuição de panfletos contra Dilma.
O presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, afirmou durante a eleição que o fato de o Brasil ser um Estado laico não impede o debate sobre temas ligados à religião nas eleições e que a Igreja tem direito de se posicionar no processo político.
Na nota, a CNBB pede a Dilma e a todos os candidatos eleitos a construção "de um Brasil com paz, justiça social e vida plena para todos". Ainda segundo a nota, "pesa sobre os ombros de cada um dos eleitos a responsabilidade de corresponder plenamente às expectativas e à confiança, não só de seus eleitores, mas de toda a Nação brasileira".
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