Vasco e Botafogo vivem a expectativa de lotar pela primeira vez o novo
Maracanã. Os ingredientes são muitos. Do lado do Vasco algumas
novidades: estreia de Guiñazu, volta de Juninho e uma equipe em
ascensão, que saiu da zona de rebaixamento para ganhar tantos pontos
quanto o vice-líder Botafogo nas últimas três rodadas. Do lado
alvinegro, a simples presença de Seedorf já seria suficiente para chamar
o torcedor, que entre tapas e beijos parece abraçar cada dia mais a
garotada da base - Vitinho, Gabriel e Dória despontando - e o técnico
Oswaldo de Oliveira, antes tão contestado. Mas na noite deste domingo,
às 18h30m, no Maracanã, o Botafogo luta também para recuperar a
liderança, perdida na noite de sábado para o Cruzeiro, que venceu o
Coritiba por 1 a 0 e chegou a 21 pontos, um a mais que o Glorioso.
Com preços mais baixos em todos os setores do estádio, a diretoria
vascaína espera levar do clássico dessa noite uma renda líquida de até
R$ 1 milhão. No segundo turno, quem deve se beneficiar do público e de
todo o dinheiro gerado na partida é o Botafogo, que vai mandar a partida
em Brasília. Neste domingo está em jogo, além da saúde financeira, o
caminho que cada clube vai percorrer nesse Brasileiro. Campeão carioca, o
Alvinegro começou muito bem as primeiras dez rodadas da competição,
apesar de ter duas saídas importantes (Fellype Gabriel e Andrezinho). Em
São Januário, após início muito irregular, a esperança é de novos
ventos com o retorno do Reizinho e as chegadas de Guiñazu e Fagner, que
deve ficar no banco como opções para Dorival Júnior no segundo tempo.
As duas equipes vêm de sete pontos conquistados de nove disputados. Se
de um lado Oswaldo mantém o padrão de seu trabalho de mais de um ano no
Botafogo, do outro Dorival busca o equilíbrio e a recuperação do Vasco.
Para jogadores alvinegros e vascaínos, apesar da vantagem botafoguense
na tabela, não há favoritos.
Certo parece ser o protagonismo de dois veteranos "velhos de guerra",
nas figuras de Juninho Pernambucano e Seedorf, que prometem um duelo à
parte. No retrospecto recente das equipes no Brasileiro, no ano passado
foi uma vitória para cada lado (1 a 0 no primeiro turno para os
vascaínos, e 3 a 2 para os alvinegros no returno). Agora, os dois se
reveem no palco novinho em folha: o Maracanã. É bom que o estádio lote
mesmo, porque a oportunidade é rara.
O Premiere PFC1 transmite a partida para todo, em sistema pay-per-view.
O jogo também será acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM com
vídeos exclusivos.
Vasco: a maior atração do dia é a estreia de Guiñazu. O
volante argentino, de 34 anos, já ganhou a camisa 5 e o status de
titular absoluto. Nessa partida, o Vasco tem também o retorno de
Juninho, que jogou duas vezes e obteve duas vitórias nessa volta. Com
isso, Dorival Júnior optou por sacar Wendel, deixando Pedro Ken mais
adiantado no meio de campo, como o camisa 10 já vem jogando nas últimas
partidas. O time vai a campo com: Diogo Silva, Nei, Renato Silva, Rafael
Vaz e Yotún; Sandro Silva, Guiñazu, Juninho e Pedro Ken; Eder Luis e
André.
Botafogo: o técnico Oswaldo de Oliveira não só mantém
um padrão de jogo como vem repetindo constantemente os nomes escolhidos
para os jogos. Contra o Vasco, o time será o mesmo que venceu o Vitória
por 2 a 0 com Jefferson, Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo
Mattos, Gabriel, Lodeiro, Vitinho e Seedorf; Rafael Marques.
Vasco: o meia Bernardo e o zagueiro
Rodolfo ainda se recuperam de lesão. Luan já voltou a treinar com bola,
recuperado de estiramento na coxa direita, mas segue fora do banco. O
meia Montoya ainda não foi regularizado.
Botafogo: o lateral-direito Lucas se recupera de uma
cirurgia no tornozelo esquerdo e o meia Cidinho também passou por uma
operação no joelho esquerdo.
Vasco: Alisson, André, Elsinho, Juninho Pernambucano, Luan, Renato Silva, Sandro Silva e Wendel.
Botafogo: Dória, Gilberto, Lucas, Renan e Vitinho.
Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) apita o jogo, auxiliado por Wagner
de Almeida Santos (RJ) e Luiz Antonio Muniz de Oliveira (RJ).
Vasco: o time cruz-maltino precisará ter eficiência
ofensiva se quiser furar a segunda melhor defesa do Brasileiro. E os
números jogam a favor. A equipe de Dorival Júnior costuma aproveitar
quase a metade das chances claras que cria (são 15 gols em 32
oportunidades). A volta de Juninho Pernambucano é outro fator positivo.
Nos dois jogos em que atuou, o Reizinho fez dois gols e deu duas
assistências.
Botafogo: até o fim da décima rodada, Dória e Bolívar
formavam a segunda zaga menos vazada da competição. O time de Oswaldo de
Oliveira é compacto e tem boa marcação, mas para muitas jogadas com
falta (é o quinto no quesito, com 186), o que pode ser um prato cheio
para Juninho. Gabriel (26), Bolívar e Vitinho (21) estão entre os 15 que
mais cometem faltas no Brasileiro.
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