Coronel Barros destaca falta de efetivo e exige plano da FSF
Polícia não tem efetivo para segurança dos jogos no interior (Foto: Portal Infonet) |
A recente polêmica entre a Federação Sergipana de Futebol (FSF) e a
Polícia Militar de Sergipe (PMSE) rendeu mais um capítulo. Em resposta
às últimas declarações do presidente da instituição esportiva,
Carivaldo Souza, o comandante do Policiamento Militar do Interior,
coronel Edmilson Barros, confirmou que os jogos realizados em estádios
fora da capital podem ficar sem policiamento. De acordo com ele, a
polícia não tem efetivo suficiente para cumprir algo que não é obrigação
específica da corporação.
“O Estatuto do Torcedor determina que a segurança interna dos estádios
deve receber apoio de agentes públicos de segurança. Ou seja, isso pode
ser feito pelas polícias Militar, Civil, Federal ou pela Guarda
Municipal. Em nenhum momento está indicado que a obrigação da segurança
interna é especificamente da Polícia Militar. Nosso dever é a segurança
externa”, frisou.
O comandante do interior também destacou a falta de efetivo como uma
das razões para o afastamento da PM dos estádios. “Esses jogos estão
colocando o torcedor em risco. O efetivo da PM no interior é de 1100
homens, número que se reduz dia a dia. Para colocar 12 ou 13 policiais
em um estádio, temos que reduzir o efetivo de cidades vizinhas. Ou seja,
para garantir a segurança de um evento de instituição privada com fins
lucrativos, estamos retirando policiais de onde a sociedade precisa. Não
podemos fazer policiamento de estádios em prejuízo da segurança da
população”.
Edmilson Barros declarou ainda que a medida já será aplicada para os
próximos jogos e inclui o Campeonato Sergipano da Série A-2, previsto
para setembro. Ainda segundo o comandante, a polícia não disponibilizará
efetivo enquanto a federação não apresentar um plano de segurança.
“O Estatuto do Torcedor também diz que as federações são obrigadas a
apresentar um plano de segurança para os agentes públicos. Esse plano
deve conter, entre outros dados, o efetivo de segurança privada. Ou
seja, as federações têm obrigação de colocar segurança particular em
seus eventos, cabendo à segurança pública apenas um apoio. A FSF jamais
apresentou planejamento assim para a Polícia Militar. Enquanto a
instituição não apresentá-lo, não haverá policiamento nos jogos do
interior”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário