O peso de um amistoso não chega nem
perto de um jogo de campeonato. Mas em determinados casos, uma partida
assim pode tirar toneladas das costas de um time. No caso, da seleção
brasileira. Por mais estranho que possa parecer para o maior campeão de
todos os tempos, a vitória do Brasil sobre a França por 3 a 0, neste
domingo, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, acabou com um tabu de mais
de três anos e meio sem vencer um campeão do mundo. Contra os Bleus, o
jejum durava desde 1992.
A Seleção ainda está longe de empolgar. Bem longe. Tanto que as mais de 51 mil pessoas presentes no estádio oscilaram entre gritos e momentos de completo silêncio e até vaias (nem Oscar, autor do primeiro gol, escapou). Mas ao menos com esse triunfo conseguiu ganhar um ânimo extra para o desafio que vem pela frente: a Copa das Confederações. A última vitória sobre um campeão do mundo tinha sido em novembro de 2009, 1 a 0 sobre a Inglaterra. De lá para cá, cinco derrotas e dois empates. Além do meia do Chelsea, Hernanes e Lucas também marcaram.
O fato é que falta à seleção brasileira
poder de decisão. Talvez por isso essa vitória tenha demorado tanto
tempo a voltar à rotina. Não é um problema apenas do time de Felipão. Já
era assim com Mano Menezes. Ao menos, a vontade apresentada no amistoso
deste domingo deixa a esperança de que as coisas podem melhorar. Com
Neymar é preciso ter paciência. Ele tem o apoio da torcida quando vai
bem. Quando vai mal ou mais ou menos, as vaias são inevitáveis.
A seleção brasileira se concentra agora
na reta final da preparação para a Copa das Confederações. A estreia
está marcada para o próximo dia 15 de junho, sábado, contra o Japão, em
Brasília. Cabeça de chave do Grupo A, o Brasil ainda encara o México,
dia 19, em Fortaleza, e a Itália, dia 22, em Salvador, pela primeira
fase.
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