Na noite da última terça-feira (4), a
Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Japaratuba,
distante 54 km de Aracaju, teve sua pauta suspensa por um motivo, até
então, jamais vivenciado na cidade: a posse de um novo prefeito.
Após receber um ofício do Executivo,
anexo ao atestado de óbito, documentando o falecimento do gestor Gerard
Lothaire Jules Olivier, popularmente conhecido como padre Geraldo, o
presidente da Casa, Luciano Acciole, convocou os demais edis para
declarar a vacância do cargo ocupado por Gerard, em face de sua morte, e
empossar o vice, Hélio Sobral Leite, como novo prefeito.
De acordo com Luciano Acciole, foi com
muito pesar que os vereadores de Japaratuba cumpriram com o determina a
Lei Orgânica Municipal, no mesmo dia em que ocorreu o sepultamento do
Padre Geraldo. “A lei é clara. Japaratuba não poderia ficar sem um
prefeito por mais de 48h”, afirmou o presidente da Câmara, completando.
“Durante o velório do nosso querido Gerard, fui procurado pelo juiz desta comarca. Em conversa, ele me disse que a responsabilidade era dos vereadores, lembrando que a cidade não poderia ficar sem uma pessoa oficial, para responder pelo município. Nos reunimos e optamos por não deixar completar às 48h, uma vez que isso abriria portas para vários questionamentos. Mesmo em um momento difícil, não podemos deixar de cumprir com o nosso papel”, enfatizou Luciano.
Posse - Convidando
Hélio Sobral para sentar-se na bancada, o presidente deu início aos
trabalhos, lendo o termo de posse e dando ao vice-prefeito o direito de
administrar o município. Na sequência, o novo gestor assinou o termo e
fez o juramento. Bastante emocionado, Hélio começou seu discurso pedindo
um minuto de silêncio em sufrágio à alma de Gerard. Em seguida, o
prefeito falou de sua tristeza em assumir o comando da prefeitura nestas
condições.
“Gerard era um grande amigo. Comecei a
ser administrador no ano de 1993, com a ajuda dele. Hoje, após 20 anos
assumo novamente a prefeitura desta cidade pelas mãos daquele grande
homem. É uma data difícil, porque nunca me passou pela cabeça voltar à
administração desse município em tal situação. Planejávamos que Gerard
chegasse ao final deste mandato e só então na próxima disputa eleitoral,
com a nossa vitória, eu viesse a assumir. Infelizmente, Deus não quis
assim”, disse Hélio com a voz embargada.
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