MINHA VIDA!

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segunda-feira, 4 de março de 2013

Sex Shop: Para inovar na vida sexual, pedida são produtos eróticos

Público feminino é responsável por grande parte dos lucros


Por Míriam Donald
De ‘Cinquenta Tons’ às quatros paredes da própria casa, do companheiro (a ) ou qualquer outro local desejado. A trilogia de maior sucesso de 2012 e ainda com vendas disparadas fala sobre sexo e masoquismo, no qual a personagem protagonista usa de vários artifícios com a sua parceira. O romance atraiu mulheres leitoras dos 18 aos 70 anos e até homens. Assunto geralmente considerado tabu, está se tornando mais flexível de ser discutido entre as mulheres e homens, o que favorece os casais a deixar a timidez e inovar na relação. Nesse propósito, os produtos vendidos em sex shops são os mais procurados.

Algumas pessoas acreditam que tais apetrechos façam a diferença e deixem a relação fora da
  rotina, em contraponto, outras defendem que tais objetos são fantasiosos, exagerados, bizarros e que, para ter uma vida sexual ativa, não é necessário usá-los, aventando a possibilidade até de que seu uso diminua a libido.

Em alguns sex shops, a movimentação das pessoas é notável, e em sua maioria do sexo feminino. Geralmente disfarçados em locais movimentados, mas em espaço discreto ou em andar acima de alguma loja de lingeries, os sex shops aparentam ser locais pouco movimentados. Segundo uma cliente que não quis se identificar, ela foi à loja pela primeira vez por curiosidade. “Quis mudar um pouco, mas me interessei por produtos mais convencionais das variedades encontradas”, disse.
Por ser um lugar que não chama atenção, no intuito de preservar a privacidade dos clientes, ela avalia que as pessoas não conseguem ter a dimensão do movimento, que é grande.

Segundo uma vendedora, óleos perfumados, géis térmicos, vibradores, lubrificantes, pomada japonesa, pomada adstringente, energéticos em pó, jogos, fantasias, lingeries e até tesômetro (recipiente de vidro que mostra nível de tesão, ou seja, do desejo da pessoa) são alguns dos produtos mais procurados. “Saem mais géis, óleos e lingerie. Os vibradores saem em uma porcentagem menor, porém vendemos várias unidade por mês”, afirma.

Ainda de acordo com a vendedora, o movimento é grande e geralmente os homens têm mais vergonha, mas a procura é equilibrada entre ambos os sexos. “Eles procuram mais retardante, bolinhas com óleo perfumado e com sabor e lingeries”, conta.

Fetiches
Os produtos sexuais também fazem parte de algum fetiche, ou seja, um comportamento sexual que a fonte predominante de prazer não se encontra somente no coito. É uma busca a mais que o sexo casual e requer até outras atividades mais chocantes para a sociedade, às vezes considerados perversão ou anormalidade.


Segundo uma vendedora, para alguns é simplesmente algum adorno ou peças do vestuário. No ocidente os fetiches mais comuns são os pés, sapatos e roupas íntimas e os objetos usados na prática do sadomasoquismo são fetiches.
Palavra vinda do francês que significa feitiço fetiche é, sobretudo, uma espécie de obsessão por alguma coisa, uma situação, pessoa, ou parte da pessoa. Uma atração ou fixação incontrolável que dá origem a um prazer intenso. 

Nem todas espécies de fetiche estão diretamente ligados à prática sexual, a parte do corpo das pessoas (cabelos, pernas, pés, nádegas, mãos, etc ) até objetos utilizados por essas pessoas (roupas, jóias, tatuagens, sapatos, etc).

Há ainda fetiches originados por situações diversas, desde ter relações em locais públicos, dentro de automóveis, elevadores, entre outros, além do Sado-masoquismo, voyeurismo e outras práticas ainda consideradas atos de fetiche. Segundo uma usuária dos produtos, fetiche é algo de momento e depende da companhia, mas já

teve alguns. “Já comprei alguns óleos comestíveis e acho que de vez em quando usar umas roupas mais ousadas apimentam a relação, assim como joguinhos como os dados”, conta.

Ela também acredita que toda mulher deveria se deixar se levar pelas brincadeiras, pois algumas sentem vergonha, mas isso acontece no início e depende da segurança. “Depois da primeira vez, as coisas vão acontecendo com mais descontração. Também é importante que a pessoa não queira agradar apenas ao parceiro, mas faça por se sentir bem se a pessoas se sente confortável, automaticamente, vai se sentir bem em fazer algumas gracinhas”, declara.

Rentabilidade
O filme brasileiro ‘De Pernas para o Ar’, mostra a vida da personagem Alice, interpretada pela atriz Ingrid Guimarães, uma executiva de marketing bem sucedida, mas que perdeu o emprego e se separa no mesmo dia, pois trabalha excessivamente e deixa os prazeres da vida de lado. Contudo, ela vira de uma vizinha e amiga que é dona de uma sex shop falida e Alice a ajuda a reerguer a loja que acaba fazendo muito sucesso superando as expectativas de vendas.


Para uma proprietária de sex shop na capital sergipana, a loja dá lucros, ao contrário do que muitos pensam.  A ideia de pôr uma sex shop na loja de camisolas e lingeries cresceu.“No início era algo pequeno,como uma brincadeira. Começamos escondidos, com vergonha e um pouco de receio, depois percebemos que muita gente acabou gostando. Hoje tem pessoas que chegam à loja e se dirigem diretamente ao andar acima que é a sex shop”, conta.

Ainda de acordo com a proprietária, a loja produz lucros que no início ela não imaginava e ter e o público feminino é o maior responsável por isso. “O retorno é muito bom. Mulher é vaidosa e elas querem mudar, querem estar bonitas para o companheiro, fazer algo diferente. E que o público é 90%feminino!”, ressalta.


História

A primeira sex shop do mundo nasceu na Alemanha e, no Brasil, o mercado de produtos eróticos iniciou em 1978 com a primeira sex shop a ser inaugurada por um empresário que começou a trazer produtos da Europa, mas o comércio dos produtos eróticos começou a florecer nos últimos anos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), 80% das empresas do setor foram criadas nos últimos cinco anos.

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