Jogo realizado na cidade de Estância teve 149 pagantes. 'Rivais' ficaram devendo um bom futebol na 'Bombonera do Nordeste'
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O estádio não era o La Bombonera. O 'superclássico' não decidia título
argentino ou da Libertadores, mas não deixou de ser histórico. Na noite
desta quarta-feira, Boca Júnior e River Plate, versões nordestinas da
maior rivalidade do futebol porteño, se enfrentaram pela primeira vez
após seis anos de longa espera. Porém, a partida válida pela quinta
rodada do Campeonato Sergipano não teve nem de longe o mesmo glamour do
clássico original. O modesto estádio Francão, em Estância, recebeu
apenas 149 pagantes.
O lavrador José Gordinho foi um deles. Ele se sentiu na Bombonera, casa
do Boca. Torcedor do time azul e amarelo há seis anos, ele tinha outro
motivo especial para estar no estádio. Seu filho, Júnior Cruz, é
zagueiro do time.
- Nunca vi Boca e River nem pela televisão. Agora estou tendo a chance
de ver aqui no estádio, e com meu filho jogando. Isso é maravilhoso. É
muito interessante esse clássico para o futebol, atraiu a atenção de
todos. Sei que a torcida não compereceu muito, mas hoje me senti como se
estivesse na Argentina.
Futebol econômico
Em campo, os jogadores também ficaram devendo um futebol de qualidade
no empate em 0 a 0. O jogo, como deve ser um confronto entre rivais, foi
brigado, nervoso e com forte marcação de ambos os lados. Sem dar campo
para o adversário, os dois times criaram poucas chances de gol e
mostraram um futebol tão genérico quando o clássico sergipano.
O meia atacante Dudu era o que carregava a camisa mais pesada na noite.
Ele jogou com a 10 do Boca. A mesma que pertenceu a Tevez, Maradona e
que atualmente está com Riquelme. Habilidoso e veloz, ele era uma das
grandes esperanças de gol para o Boca Júnior na partida, mas não
conseguiu mostrar o mesmo tino de artilheiro que os famosos têm. No
primeiro tempo, teve a chance de marcar quando a bola sobrou para ele na
entrada da área, mas mandou por cima do gol. Na etapa complementar Dudu
teve mais duas chances. Na primeira parou na defesa de Pablo, na
segunda chutou novamente para fora.
- Queria muito fazer esse gol. Vinha sonhando com isso há alguns dias.
Mas infelizmente não deu. Fica para a próxima. Sei da responsabilidade
que eu tinha por causa da camisa 10, mas foi difícil conseguir marcar.
Acabou não sendo tão bonito como o clássico da Argentina, mas tentamos
fazer a nossa parte e lutamos até o fim. Vou tentar fazer da próxima vez
- falou o jogador.
Dudu é o dono da 10 no Boca Júnior
No lado do River, o atacante Leandro Kível seria o principal
responsável por mexer no placar, mas o sósia de Cavenaghi, antigo ídolo
dos Milionários, também não conseguiu cumprir com a missão de
artilheiro. Foram várias as oportunudades sem sucesso,e o desejo de
marcar o primeiro gol da história do clássico sergipano acabou sendo
adiado.
- Entramos no jogo como se ele fosse uma decisão de Libertadores, com a
garra argentina mesmo. Mas foi um jogo difícil e muito pegado. Por isso
não conseguimos a vitória. Mas o resultado acabou não sendo de todo
ruim. Pois é um empate fora de casa.
Sósia de Cavenaghi, Kível também não marcou
Com o empate em 0 a 0, as posições das duas equipes na tabela
permaneceram inalteradas. O Boca é o sexto colocado na classificação
geral com 6 pontos, e o River vem logo atrás, com 5, na sétima posição.
Os dois times voltam a se enfrentar no próximo dia 20 de abril, desta
vez, no 'Monumental', o Fernando França, casa do River, em Carmópolis.
Espera-se que no próximo encontro o futebol não seja tão genérico.
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