A
segurança pública em Sergipe, está virando “caso de policia”. Bandidos
estão tomando conta dos municípios do interior do estado. Todos os dias
são registrados assaltos a bancos, alem de inúmeros assassinatos.
Um
levantamento feito pelo Ministério da Justiça, mostra que o menor
estado do País, Sergipe, ficou à frente da Bahia, campeão brasileiro em
números absolutos de homicídios dolosos. Em um ano, o número absoluto de
homicídios dolosos em Sergipe cresceu quase 7%.
Esta
semana, dois fatos chamaram a atenção de todos. No municipio de Riachão
do Dantas, cerca de 10 bandidos, assaltaram na madrugada desta
quarta-feira (07), duas agencias bancárias. Eles explodiram os caixas
eletronicos, recolheram o dinheiro e fugiram sem deixar pistas. Neste
municipio apenas dois PMs são responsáveis pela segurança. Alem desse
fato, outra dupla de bandidos fizeram arrastão em mais tres municipios
da região. Até o momento ninguem foi preso.
Isso
está diretamente ligado ao número reduzido de policiais militares, que a
cada dia diminui a quantidade de homens disponíveis para o trabalho de
segurança preventiva. Esse fato acontece por conta de que cerca de 150
policiais militares vão para a reserva (aposentadoria). Alem disso, há
também um grande numero de PMs que estão em licença médica e há ainda os
que respondem algum tipo de processo.
O concurso público anunciado pelo governo do estado e que deveria
acontecer em outubro, parece que não ocorrerá este ano. E mesmo que
isso acontece, os aprovados no concurso só estariam prontos para o
trabalho, seis meses após o curso a que serão submetidos.
As
Associações Militares estão preocupadas com o que pode acontecer neste
final de ano e principalmente no mês de janeiro, quando acontece o
Pré-Caju. “Nós não sabemos o que poderá ocorrer no pré-caju e depois no
carnaval. Com esse numero reduzido de PMs, será impossível fazer a
segurança do evento. Alem disso, se ocupar esses homens todos no
pré-caju, os municípios do interior do estado ficarão sem segurança”,
explica um policial.
Um
dos representantes das Associações afirma que a situação “está mais
complicada do que tentam passar para a população”, diz militar alertando
para o número de militares que estarão disponíveis para o trabalho em
janeiro. “No mês de janeiro, apenas 700 homens estarão disponíveis para o
trabalho. Esses homens não vão agüentar trabalhar tanto. Ou seja, não
tem como um homem trabalhar vinte e quatro horas e ao invés de sair e ir
para casa, voltar para dobrar o serviço”, explica o policial.
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