MINHA VIDA!

MINHA VIDA!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cada cidade tem o seu Sandy, o de Itabaiana já matou mais de 50 em menos de um ano

50 assassinatos por ano é um número assustador.
 
A cidade de Itabaiana é a cidade mais importante do agreste sergipano, é a capital do caminhão e centro do eco turismo do estado, tem um dos centros comerciais mais poderosos de toda a região, que influência todo o país. Mas tem também a triste sina da violência urbana.

Um furacão maior do que o Sandy passa anualmente em nosso município, leva com ele vários adolescentes, pais de família e até idosos. Todos vítima de uma sociedade ligada muitas vezes as drogas, ao crime organizado ou a outros fatores como vingança, ódio, passional, entre outras situações.

O que assusta é o tamanho do problema e crescente, São Paulo tem 10 assassinatos para 100.000 habitantes anualmente, Itabaiana possui 50 assassinatos para 90.000 habitantes por ano. Um número de proporções exageradas para o tamanho do município. Não que essa cidade seja o centro dos crimes em Sergipe, mas que durante anos vem se tornando uma situação crítica. Nos anos 80, a cidade possuía uma média de 5 assassinatos para pouco menos de 70.000 habitantes anual, uma média que se configurou por toda década. O crime começou a aumentar nos 90 com o surgimento das grandes periferias, chegando a ter 25 assassinatos por ano, chegando nos anos 2000 com uma média já próxima do 50/por ano. A população nem ainda chegou aos 90.000 e essa média já ultrapassa os 50/por ano.


Os fatores são muitos e crescentes, falta de políticas publicas nos bairros de periferia, falta de perceptivas de emprego, falta de opções de lazer, falta de opções educativas publicas de qualidade, ligação com o mundo das drogas, isso desde a infância, uma polícia eficiente, uma ostencividade eficiente oferecida pelo estado, um serviço de segurança municipal, entre tantas coisas que podemos apontar.

Qual dessas situações anteriores estão sendo contornadas? Nenhuma? Então, saiba que milagrosamente não vai melhorar...

Jamyson Machado, Sociólogo.

Nenhum comentário: