A situação do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe foi abordada pelo líder da oposição, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), em pronunciamento realizado no pequeno expediente na sessão desta terça-feira, dia 1. Ele repercutiu a notícia publicada na imprensa de que as cinco viaturas do IML, conhecidas como rabecões, até ontem se encontravam quebradas. Venâncio disse que foi preciso a Secretaria de Segurança Pública (SSP) pedir socorro ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Prefeitura de Aracaju, para ter como fazer o transporte dos corpos vítimas de morte violenta.
“O Samu, coitado, com as ambulâncias amarradas de ataduras e vai socorrer o IML. Que situação se encontra o sergipano. Se vai ao Huse em busca de médicos e remédios para melhorar a saúde, não tem nada. Se morre, olhe a situação em que se encontra o Estado de Sergipe”, disse, acrescentando que no último final de semana corpos ficaram seis, sete horas esperando o transporte do IML.
Segundo o parlamentar, em Sergipe está difícil até para morrer. “Até para morrer a situação é constrangedora no governo da mudança”, declarou. Venâncio Fonseca disse que com a violência aumentando a cada dia tem que aumentar a frota de rabecões, que não está dando vencimento à quantidade de assassinatos que têm sido praticados em Sergipe para transportar. “Até para morrer no governo do PT é difícil, porque como é que vai ser transportado? É uma situação difícil”, ressaltou.
Para o deputado, o governo precisa ter uma atenção especial nesse sentido, pois são famílias que pagam impostos e esse serviço do Instituto Médico Legal é um dever e uma obrigação do Estado de Sergipe. “Se o IML se encontra desse jeito, imagine o restante como está”, disse.
Em seu pronunciamento, Venâncio Fonseca fez referência à situação da perícia, que também vem passando por problemas. Ele disse que quem deve gostar desta situação são os advogados criminalistas. Isso porque, explicou o deputado, muitas vezes se culpa a Justiça pela absolvição de criminosos. “Mas, se a perícia é falha, o advogado vai peticionar alegando as falhas e vai conseguir a liberdade de seu cliente devido à incompetência do governo do Estado em não oferecer as devidas condições ao Instituto”, afirmou.
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