MINHA VIDA!

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sábado, 29 de outubro de 2011

PARABÉNS CAMPO DO BRITO - 99 ANOS

Campo do Brito, distante 64 quilômetros da capital e localizada no alto com uma visão privilegiada, é um município que teve um passado marcado por muitas brigas políticas. Sua história, que começou com muita fé e união até a emancipação política, entrou por um caminho tortuoso com uma administração reconhecida como ditatorial. Depois de muitos atropelos houve uma reviravolta e a comunidade voltou a desfrutar de tranqüilidade.Há duas versões para o surgimento da cidade: a primeira é que teria nascido num lugar hoje conhecido por Campo do Brito Velho, onde existem ruínas que poderiam ser de uma capela. A outra, é que teve início em uma capela que deu lugar à Igreja Matriz, onde as ruas foram aparecendo em torno dela.Mas o certo é que, em 1601, as terras de Campo do Brito foram doadas em sesmarias de 30 léguas ao capitão Antônio Rodrigues, que depois da invasão holandesa cedeu ao Irmão Amaro, da Companhia de Jesus.
 Antes da emancipação, ocorrida em 29 de outubro de 1912, Campo do Brito pertencia a Itabaiana. Apesar de ser o povoado de maior destaque do município, não recebia a devida importância. Sentindo-se abandonados, os britenses começaram a desejar a independência, mas faltava um líder para enfrentar a resistência dos itabaianenses.Em 30 de janeiro de 1845, o povoado passou à categoria de freguesia, quando foi fundada a paróquia de Nossa Senhora da Boa Hora, ficando independente da de Santo Antônio das Almas, de Itabaiana.
Após a emancipação, assumiu como intendente provisório o coronel João Pinto, mas nas primeiras eleições o padre foi o primeiro prefeito eleito da cidade. Sem recursos próprios, ele marcou sua administração colocando iluminação na cidade com lampiões a querosene. Segundo o escritor Adalberto Fonseca, durante quase 12 anos o município enfrentou um período obscuro. “Campo do Brito caiu nas mãos de Arnóbio Baptista de Souza e o obscurantismo envolveu o município. Depois dele, assumiu a prefeitura Emeliano Ribeiro, que realizou grandes obras na cidade. Mas foi o prefeito Graciliano Apolônio da Fonseca, que colocou energia elétrica, com a ajuda do concessionário José Mesquita, de Itabaiana. Foi ele, também, que em 1961 abasteceu a cidade com água potável, através de um poço artesiano. 
Hoje o povo de Campo do Brito vive tranqüilo sob a proteção de dois santos padroeiros: Nossa Senhora da Boa Hora, dia 15 de agosto; e São Roque, dia 16 do mesmo mês. Manoel Cariolando de Souza, diz que conhece toda a história do município por ouvir contar. Um fato interessante lembrado por ele foi a expulsão do padre Freire, um dos vários atos insanos do prefeito Arnóbio. A população ficou revoltada e quis saber como ficariam os santos sem o padre. Imediatamente ele deu uma solução: ‘expulsou’ também os santos. Colocou todos eles num carro de boi e os mandou para a paróquia de Macambira, onde o padre estava. Outra história curiosa lembrada por Cariolando é que quando Francisco Vieira da Paixão (pai do deputado federal Ivan Paixão, deputado seis vezes e prefeito em 1950) perdeu a eleição, teve que sair fugido da cidade. “Ele se vestiu com uma roupa de mulher, colocou uma peruca e saiu de madrugada para não ser fuzilado”, disse.Cariolando diz que depois que Arnóbio perdeu o poder na cidade, fugiu para Boquim, mas não escapou de levar uma surra de cipó caboclo que o deixou todo defeituoso. “A paz só voltou a Campo do Brito quando Roque José de Souza se elegeu. Com ele voltou a democracia ao município”, completa ele. 
Campo do Brito hojeRegião - Oeste (agreste)
Distância de Aracaju - 64 km
População – 16.749 (IBGE)
Área: 202 KM²
Atividades econômicas - Agricultura (produz farinha de mandioca), pecuária, fábrica de móveis, olaria e curtume

fonte: fiquesabendo.net.com

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