Afirmar aqui que a saúde pública de Sergipe continua sendo uma das piores do país é chover no molhado ou ensinar o Pai Nosso ao vigário. A cada dia que passa o que se tem mais noticiado seja nos jornais, rádio ou televisão são os problemas existentes nesse setor. Os hospitais públicos estão superlotados de pacientes a espera de um simples atendimento.
Apesar do governo do Estado ter afirmado que investiu milhões de reais para colocar clínicas de saúde da família e alguns hospitais do interior em funcionamento, na prática não se está vendo essa melhora. O governador do Estado inaugurou o hospital de Propriá, mas segundo os moradores, esqueceu de contratar enfermeiros, médico e até mesmo servidores para a limpeza, sem contar que o hospital não conta com um serviço de partos. Propriá vai continuar sem ter um filho da terra, pois as gestantes se deslocam para a capital sergipana para o nascimento dos seus filhos.
Mas os problemas não se restringem apenas ao interior do Estado. Pacientes que aguardavam atendimento no Nestor Piva perderam a paciência e invadiram uma das alas do hospital para pedir providências. O pior é que os pacientes descobriram que apenas um médico estava escalado para atender a todos.
Exaltados, os pacientes ameaçaram quebrar tudo, e a polícia foi acionada para apaziguar os mais exaltados. Diante dos fatos resta a certeza de que a saúde pública de Sergipe vai mesmo de mal a pior. A cada dia que passa os problemas só aumentam e os pacientes não tem mais a quem recorrer, nem mesmo para um simples curativo.
Os problemas persistem até mesmo no maior hospital público de Sergipe, o governador João Alves Filho. Em recente vistoria, o Ministério Público Estadual detectou várias irregularidades nos setores de ortopedia e neurocirurgia a ponto de impetrar uma ação civil pública para tentar regularizar os serviços nesses setores. Parece que o atual governo só funciona à base de ações na justiça.
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