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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Márcio Macedo renuncia à disputa no PT

Candidato reconhece que seria “uma disputa fraticida”
 
Márcio Macedo e Usiel: renúncia coletiva, derrota individual (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)
O deputado federal Márcio Macedo (PT) desistiu de disputar o segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores, que aconteceria no próximo domingo, 24. Com a renúncia, o deputado Rogério Carvalho sai fortalecido e será o próximo presidente do partido em Sergipe, assumindo o cargo em fevereiro do próximo ano, quando termina a gestão de Sílvio Santos.

O anúncio foi feito pelo próprio Márcio Macedo em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 18, na sede do PT, em Aracaju. Na coletiva, o deputado informou que a decisão teria sido tomada de forma colegiada, mas assumiu toda a responsabilidade pela derrota do agrupamento liderado pelo governador licenciado Marcelo Déda neste processo interno do PT. “Toda vitória é coletiva, mas a derrota é individual”, considerou.

O ex-candidato deixa claro que sai da disputa sem mágoas nem rancor, apenas reconhecendo que a opção da Articulação de Esquerda liderada pela deputada Ana Lúcia Menezes foi decisiva para o fortalecimento de Rogério Carvalho neste processo eleitoral para escolha dos novos dirigentes do partido em Sergipe.
Márcio Macedo: "disputa fraticida"
Para Márcio Macedo, os números são óbvios a partir do apoio da deputada Ana Lúcia ao concorrente. “Estou ajudando a preservar o partido e tenho consciência tranquila e coração em paz”, considerou Macedo, admitindo que a permanência no processo em um segundo turno seria “uma disputa fraticida”.

O deputado Márcio Macedo prefere não avaliar os motivos que o levaram à derrota, mas anunciou que a corrente Articulação Unidade na Luta se manterá na condição de minoria e fará reunião para avaliar os equívocos e erros que culminaram com a ascensão de Rogério Carvalho no PT de Sergipe.

Na coletiva, o deputado Márcio Macedo distribuiu nota explicando a renúncia. “Iniciaremos um novo ciclo no PT. O resultado numérico no primeiro turno deixa isto bem claro. Entendemos que não há muito sentido político em realizarmos o segundo turno em Sergipe, uma vez que obtivemos 39% dos votos na primeira etapa do processo, enquanto Rogério Carvalho teve 44% e Ana Lúcia 16%, considerou.

Com este novo cenário, dos 46 membros do Diretório Estadual, 18 serão indicados pela Articulação Unidade na Luta liderada por Márcio Marcedo, outros 18 pela corrente Militância Presente, Partido Forte, liderada por Rogério Carvalho, sete pela Articulação de Esquerda, de Ana Lúcia Menezes, e outros três pela corrente liderada pelo sindicalista Severino Bispo.

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