Policiais civis da Delegacia Regional de
Lagarto, coordenados pelo delegado Ataíde Alves, prenderam na manhã
desta quinta-feira (18) suspeitos de assassinar, no último dia 14 de junho, Arnaldo Menezes dos Santos, de 35 anos, que teve seu corpo encontrado numa cisterna.
Foram presos Antônio Carlos de Jesus, de 34 anos, conhecido por 'Ninho', e Abraão Viana dos Santos, de 27 anos.
O cadáver foi jogado na cisterna de um sítio no Povoado Açu Velho,
município de Lagarto, e encontrado aproximadamente uma semana depois
(assista ao vídeo abaixo).
Antônio Carlos de Jesus, de 34 anos, conhecido por 'Ninho', e Abraão Viana dos Santos, de 27 anos, foram presos nesta quinta (Foto: Polícia Civil)
Ataíde detalhou o caso. "De acordo com as investigações, autores e
vítima se encontravam no sítio, por volta das 23h, consumindo bebida
alcoólica. Em determinado momento, a vítima recebeu uma 'gravata' e foi
asfixiada. Em seguida, foi golpeada com pauladas na cabeça. Os autores
amarraram o corpo com uma corda e o arrastaram até a cisterna da
propriedade, em um local bastante ermo. Abriram o abdômen de Arnaldo a
facadas, com vistas a impedir que o cadáver boiasse, e jogaram-no na
cisterna, despejando cal em seguida, no intuito de minimizar eventuais
odores. Em seguida, foram embora tranquilamente", disse.
Bombeiros fizeram a remoção do cadáver, que aparentemente estava na cisterna há alguns dias (Foto: Joedson Rangel/Portal Lagartense)
Ainda segundo o delegado, "o mau cheiro no local se tornou
insuportável e o cadáver foi localizado após cerca de uma semana" (veja
vídeo-reportagem sobre o caso ao lado).
"A partir dali, com a instauração do inquérito, chegamos à autoria e
representamos pelas prisões dos indiciados, que foram deferidas. Abraão
já havia perseguido a vítima, dias antes do homicídio, com um facão em
punho, eis que já tinham se desentendido. Acontece que Arnaldo, dado a
frequentes e excessivas ingestões de bebida alcoólica, era pessoa de
reduzido discernimento, e por isso, mesmo depois do entrevero que teve
com Abraão, resolveu beber com o desafeto no sítio", disse.
O delegado disse que ainda há mais para ser esclarecido. "Aguardamos o
laudo do IML, a fim de que fique claro quais foram as lesões Arnaldo
sofreu ainda em vida e quais foram aquelas produzidas após a morte
dele", finalizou Ataíde Alves, que preside o inquérito policial.
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