As Polícias Civil e Militar de Sergipe prendeu na última quinta-feira, 2, com apoio da polícia da Paraíba e da Divisão de Inteligência Policial de Sergipe (Dipol), na cidade de Campina Grande (PB), quatro integrantes de quadrilha acusada explodir caixas eletrônicos em cidades do interior do Nordeste. Em Sergipe, no espaço de nove meses, a quadrilha explodiu os caixas eletrônicos das agências do Banco do Brasil e do Bradesco das cidades de Boquim, Riachão do Dantas, Itabaianinha e Arauá.
De acordo com o diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), delegado Flávio Albuquerque, a quadrilha realizava de um a dois assaltos por mês no Nordeste. “Eles escolhiam cidades próximas as divisas dos Estados com baixo efetivo policial e, preferencialmente, que tivessem ao menos duas agências próximas uma da outra. A intenção era levar a maior quantidade de dinheiro no menor tempo possível”, explicou.
Segundo o delegado do Cope, Cristiano Barreto, as investigações para localizar e identificar os acusados começaram dia 1º de junho de 2012 logo após a explosão nas agências bancárias de Boquim. A mesma quadrilha retornaria a Sergipe no dia 7 de novembro de 2012 (Riachão) e em 2013, nos meses de fevereiro e março, assaltaram mais duas agências. Assim que a polícia sergipana identificou e localizou os acusados solicitou apoio da polícia paraibana.
Foram presos Cristiano Silva de Araújo, natural de Itapetim (PE), 31 anos, Adson Montenegro de Farias, 27, Murilo Medeiros de Souza, 29, e Luzimar Bido de Moura, 35. Assim que foram presos por policiais do Cope, Comando de Operações Especiais (COE) e policiais da Paraíba foram conduzidos ao Cope, em Aracaju, para prestarem depoimentos.
Com os acusados, os policiais apreenderam cédulas sujas de tinta no valor de R$ 14.594,00, fruto de um assalto que eles haviam acabado de cometer no interior de Pernambuco, três barras de ferro, colete balístico, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 38, duas pistolas, centenas de munições de diversos calibres, um caminhão, de cor azul, placa MOR-6525, luvas, máscaras e jaquetas esportivas que foram utilizadas pelos criminosos para invadir as agências.
O comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes, ressaltou que esta é uma das maiores quadrilhas do Nordeste, tendo sua atuação destacada em programas jornalísticos nacionais. “Eles agem com extrema violência e planejamento, utilizam artefatos explosivos para destruir as agências e fecham ruas próximas as delegacias para impedir a perseguição da polícia. Além disso, agem em poucos minutos levando intraquilidade para as pequenas cidades do interior nordestino”, destacou. Iunes lembra que a Polícia Militar continuará participando de novas prisões, inclusive dos demais integrantes que ainda restam ser presos.
A superintendente da Polícia Civil, delegada Katarina Feitoza, informou que a Polícia Civil continuará mobilizada a fim de prender os demais integrantes do bando. “Esta é uma das quadrilhas mais perigosas que agiram em Sergipe nos últimos anos. Tínhamos que dá uma resposta eficiente a este caso e para nós não importa qual a origem do bando vamos prendê-los onde estiverem”, destacou.
Também participou das prisões, o delegado Ariosvaldo Adelino de Melo, titular da Delegacia de Campina Grande. “Esta quadrilha agiu em pelo menos quatro municípios do interior da Paraíba. Assim que recebemos o pedido de apoio da polícia de Sergipe prontamente disponibilizamos o nosso aparato para ajudar na prisão e remoção dos acusados de praticar estes crimes”, comentou. Os acusados ficarão presos em Sergipe à disposição da Justiça.
Da Assessoria de Comunicação da SSP/SE
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