Suspeita que vítima morava na rua. Rosto fica desfigurado
Uma mulher, suposta moradora de rua, foi espancada até a morte na
madrugada desta quinta-feira, 9, em uma das praças do Conjunto Augusto
Franco – localidade conhecida como Praça do Correio, em Aracaju. Ao lado
do corpo, os policiais militares da 2ª Companhia do 1º Batalhão da
Polícia Militar, encontraram um pedaço de madeira, supostamente
utilizado para a prática do crime.
A PM registrou o crime entre as 3h30 e 4h da madrugada, momento em que
não havia transeuntes nem estabelecimentos comerciais em funcionamento.
Os moradores desconhecem completamente o crime. Até os policiais
militares acostumados a atender ocorrências violentas ficaram chocados
com a barbaridade. Com a agressão, o rosto da mulher ficou completamente
desfigurado e um trecho da praça ficou tomado por restos de massa
encefálica.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (Samu) foi acionado e a
equipe constatou o óbito no local. O corpo foi removido e chegou ao
Instituto Médico Legal (IML) às 5h30 desta quinta, 9.
Sem segurança
Na manhã desta quinta-feira, a equipe do Portal Infonet foi ao
local e não encontrou pessoas que testemunharam o crime. Apenas
moradores chocados com a informação. Na praça, há alguns
estabelecimentos comerciais que funcionam como bares e lanchonetes, mas
no momento do crime todos estavam fechados, sem clientes.
Uma comerciante, que prefere o anonimato, reclama da falta de segurança
na praça. Ela revela que são constantes as ações de vândalos durante a
madrugada, depois que os estabelecimentos encerram o expediente. A
própria comerciante já foi alvo de violência. “Eles (vândalos) já
tentaram arrombar minha lanchonete, mas eles perceberam que tinha gente
dentro aí desistiram”, revela.
Na madrugada desta quinta-feira, a comerciante foi despertada por
vizinhos, informando que em local próximo à lanchonete estava “uma
bagaceira”. Ela revela que pensou até que teriam arrombado o trailer,
mas logo verificou que se tratava do homicídio. “Pensei: roubaram minha
televisão. Mas quando saí na porta da minha casa, eu moro bem ali, vi o
Samu e o IML”, conta.
O sargento Reis, comandante da 2ª Cia do 1º BPM, reconhece a elevada
incidência de roubos na região e movimentação com drogas, mas estranhou o
crime devido ao elevado grau de violência. “Temos casos de violência
doméstica, briga por causa de drogas, mas este crime causou estranheza”,
confessa.
Segundo o sargento, a identificação da vítima se tornou impossível no
momento em que o crime foi registrado. Ela estava sem documentos e o
rosto irreconhecível. “Agora, só o IML para realizar a identificação”,
diz. Mas há suspeita que seria uma moradora de rua que costumava vagar
pelo conjunto, atuando como pedinte em feiras livres e que seria assídua
consumidora de bebidas alcoólicas.
As investigações do crime deverão ser desencadeadas pela Polícia Civil.
Por infonet.com.br
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