Por Cinform
Ex-prefeito e ex-deputado de Lagarto, Ribeirinho |
É comum se ouvir pelo interior do Nordeste que ‘família criada é paz arrasada’. Para uma dos clãs políticos mais tradicionais de Sergipe, os Ribeiro, de Lagarto, este ditado tem sido levado ao pé da letra. Tudo porque o empresário Marcos Santos Ribeiro, 35 anos, decidiu pedir a interdição judicial do seu pai, o ex-deputado e ex-prefeito, Rosendo Ribeiro Filho, o Ribeirinho, uma das figuras mais marcantes da política daquela cidade.
Segundo Marcos Ribeiro a decisão de pedir a interdição foi tomada depois que sua meia-irmã, a ex-candidata a prefeita Maria Luíza Ribeiro Félix, passou a administrar a vida financeira de Ribeirinho e decidiu colocar uma fazenda do seu pai à venda. “O que Luíza está fazendo é uma mangação. Ela está se valendo do fato de ser casada com um juiz para tomar conta dos bens do pai”, diz Marcos. Luíza Ribeiro é casada com o juiz Gílson Félix.
Marcos Ribeiro assegura que busca a interdição como maneira de preservar o patrimônio e a vontade do pai. “Posso garantir que ele não quer vender a fazenda”, afirma. Marcos revela que não precisa de dinheiro, já que é dono de uma empresa que organiza shows musicais, aluga geradores e tem como tocar a sua própria vida. “Vivo bem e estou fazendo isso porque meu pai tem um nome de respeito na cidade e não pode ser tratado assim pela própria família”, diz.
A ação de interdição foi ajuizada na quinta-feira passada, 28 de abril. Na petição encaminhada ao juiz, Marcos alega que sua irmã, Luíza, controla o cartão de aposentadoria de Ribeirinho e já teria procurado corretores para intermediar a venda de uma fazenda localizada no povoado Palmares em Riachão do Dantas. A propriedade valeria cerca de R$ 1 milhão.
Marco fundamenta o pedido de interdição alegando que seu pai, atualmente com 84 anos, está bastante debilitado pelos males de Parkinson e Alzheimer e que, por esta razão, não estaria apto a tomar decisões a respeito de seu patrimônio.
SEM HERDEIROS
Luiza Ribeiro: "meu pai só tem Parkinson, mas está lúcido e consciente" |
Maria Luíza Ribeiro, diz que ainda não tomou conhecimento do processo de interdição, mas afirma estar tranqüila em relação ao caso.
“Meu pai só tem Parkinson, mas está lúcido e consciente. Ele tem capacidade mental para decidir o que quer e com o laudo isto pode ser provado. Sergipe todo sabe disso”, diz.
Luíza afirma que não tem aproximação com Marcos, já que ele só foi reconhecido como filho de Ribeirinho em 1994. “Esse rapaz não era ligado à família, já que é um filho tido fora do casamento. Ele foi reconhecido pelo meu pai e é óbvio que ele tem direitos, mas que exercê-los antes de meu pai. Se ele está vivo, não tem porque falar em herança, nem querer mexer em bens”, afirma. Mas quem é que estaria pensando em herança neste caso?
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