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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

BILLY, PRESO POR ENVOLVIMENTO NO ATENTADO CONTRA O DES. LUIS MENDONÇA, DIZ QUE TEVE DEDO DECEPADO PARA CONFESSAR PARTICIPAÇÃO

O detento Alessandro de Souza Cavalcante, conhecido por Billy, que foi preso em Petrolina e confessou participação no atentado ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Mendonça, disse em depoimento ao delegado Gilberto Guimarães, na sala do Segundo Cartório de Investigação, que foi torturado por policiais para relatar onde se encontrava Floro Calheiros e que havia participado do atentado ao desembargador.

undo Billy o seu dedo indicador da mão esquerda foi decepado, além de levar dois tiros no pé esquerdo, além de choques, asfixia com um saco de plástico colocado em sua cabeça e pauladas nas costas. Está no depoimento: “tendo o interrogado desmaiado por cerca de 03 três vezes. Em seguida, por o interrogado não falar o que os policiais queriam, que era a informação acerca do paradeiro do foragido Floro Calheiros, deram-lhe o primeiro tiro no pé. Que também os policiais queriam que o interrogado assumisse a autoria do atentado”.

Billy relata, em seu depoimento ao delegado Gilberto Guimarães, que não sabe quantos policiais havia, porque estava encapuzado. Sobre a forma de deceparem o seu dedo, contou que “o indicador da mãe esquerda foi colocado sob uma superfície rígida e decepado parcialmente, “acreditando ser por uma faca. Que cerca de meia hora depois, já era noite, quando os policiais efetuaram mais um tiro no pé esquerdo do interrogado”.

Segundo ainda o detento Billy, “os policiais a todo instante recebiam ligações” e que oi submetido a mais uma sessão de asfixia com o emprego de sacola, “oportunidade em que recebeu algumas perfurações com instrumento cortante em suas costas e que sofreu agressões em seu rosto, do tipo socos, tapas e pauladas”.
Segundo ainda relato do preso no depoimento, “depois de tanto sofrimento o interrogado resolveu inventar uma informação para levar os policiais até uma residência, indicando que naquele local, na cidade de Petrolina, estaria escondido Floro Calheiros, o que de fato não era verdade”.

Billy diz ainda em seu depoimento que depois dos policiais constatarem que ele passou uma informação erra, voltaram a torturá-lo no interior do veículo, “desta feita com um pé-de-cabra, batendo na parte de trás de sua cabeça”.

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