O ex-governador João Alves Filho (DEM) afirmou, neste fim de semana, ao portal Universo Político.com que o governador Marcelo Déda (PT) estaria descumprindo uma ordem do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ/SE) por ser compadre do presidente da República e se achar acima da lei. Segundo João Alves, após destruir o Hospital Infantil, o atual governo foi acionado na Justiça e obrigado a reconstruir, mas já se passaram quatro meses e as obras não ficaram prontas. João diz ainda que a atitude de "quebrar o hospital de marreta" foi para atender o desejo de empreiteiros.
"Ganhamos a ação do Hospital Infantil, há cerca de 120 dias. Nunca coloquei um sucessor meu na Justiça, mas não poderia deixar de adotar providencias, diante do crime de quebrarem de marreta o Hospital Infantil. O governador foi intimado houve a determinação para ele reconstruir o Hospital Infantil. O TJ entendeu que houve um crime. E mandou uma representação de improbidade administrativa contra o ex-secretário de Estado da Saúde, (o deputado estadual) Rogério Carvalho. O governador Marcelo Déda ignorou", desabafou o ex-governador.
Segundo João Alves, um governo não pode fechar um hospital, mesmo que seja para reforma. Repetindo o que já havia dito no horário eleitoral, o ex-governador assegurou que o atual governo fechou 14 hospitais em diversos municípios sergipanos. O certo, explicou, teria sido o governo dividir o hospital em cinco partes, e reformar um de cada vez, deixando sempre quatro funcionando. "No João Alves foi assim. Ampliamos a área de recepção, fizemos uma área de triagem com equipe médica para realizar os primeiros atendimentos. Aumentamos o número de UTI,s tudo paulatinamente. Um ambulatório especial para receber pacientes, que tinham sido operados e tinham que voltar", citou.
De acordo com João Alves, seu governo deixou ainda, após a reforma, um grande centro cirúrgico com nove salas, um centro de diagnóstico moderno com 98% das obras concluídas. "Faltando coisa simples com a fiação para funcionar. Mas fizeram uma grande maldade com o Hospital Infantil, que seria construído dentro de uma integração com o João Alves. Tirávamos as pessoas que estavam na área de pediatria do João e lavávamos para o outro hospital. E, apenas derrubando uma parede, teríamos 50 leitos de UTI, resolvendo o problema das filas nas macas do João Alves. O hospital não precisaria de mais nada. Só concluir a área de serviço que deixamos com 70% pronta e o centro de diagnóstico que mencionei", disse.
João salientou ainda que, no tocante a informática, deixou um sistema de tecnologia de primeiro mundo. "Poucos hospitais tem igual. São 280 computadores, treinamos 480 funcionários. O hospital seria todo informatizado. Só na interligação do sistema com o almoxarifado diminuiu a despesa em 50%. O Hospital Infantil, meu Deus do céu. Modelo para o Brasil. Leito para as mães, videoteca, área de brinquedo psicóloga , professores pediatras para dar aula aos alunos que precisassem ficar muito tempo interno. E quebraram de marreta. Aí fizemos a denúncia ao Ministério Público, que confirmou tudo", lamentou João Alves.
Da redação Universo Político.com
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