Segundo PM, ele estava inconformado com o fim do casamento
Policiais do COE deram apoio a ocorrência (Foto: Internauta / cedida ao Portal Infonet) |
Inconformado com o fim do seu casamento, um policial militar ameaçou a
ex-companheira. O fato ocorreu por volta das 19h30 de ontem, 24,
na avenida Pedro Paes Azevedo, no bairro Salgado Filho. A ocorrência foi
registrada no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública
(Ciosp). Segundo a polícia, o Militar apresentou um surto psicológico.
“Ele estava muito transtornado, com uma arma na cabeça, querendo se
matar, ele dizia que nada dava certo na sua vida”, conta o comandante do
Comando de Policiamento Militar da Capital (CPMC), tenente-coronel
Jackson Nascimento.
Ainda de acordo com o comandante do CPMC, foram três horas de tensão
tentando negociar com o policial identificado como Anderson Teles.
“Recebemos a ocorrência pelo Ciosp, e ao chegar ao local eu conversei
com ele, tentei mostrar a sua importância para a família e para a
sociedade até ele mudar de ideia”, relata.
Após muita conversa, o Coronel Jackson Nascimento conseguiu pegar a
arma do policial que foi encaminhado ao Hospital da Polícia Militar, na
capital, onde permanece internado em tratamento.
Associação pede reabertura do Núcleo de Atenção Psicossocial |
Fim de casamento
De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Militar, Major Paulo
Paiva, o PM estava inconformado com a separação. “Ficou constatado que
ele está passando por problemas conjugais, está se separando da esposa.
Na tarde desta quarta-feira, 23, ingeriu bebida alcoólica no turno da
tarde, e em seguida foi até o trabalho da sua esposa e chegou a fazer
ameaças. A polícia foi acionada e garantiu proteção a mulher”.
Anderson Teles atua há cinco anos como cabo do 6º Batalhão da Polícia
Militar de Estância, município do sul sergipano. Segundo a PM, o
policial que no momento do ocorrido estava à paisana, irá se
responsabilizar pelos seus atos. “Ele continua internado no Hospital da
Polícia onde está passando por tratamento. Ele irá responder pelos seus
atos e a corporação o ajudará a sair dessa fase”, garantiu Paulo Paiva.
Preparo psicológico
Questionado sobre o preparo psicológico em que os policiais são
submetidos, Paulo Paiva informou que “o policial passa em certas
circunstâncias de sua carreira por testes de saúde. A cada momento que
ele decide fazer um curso, ele fica submetido a fazer exames de saúde. É
assim no concurso da PM, onde há toda uma preparação. No caso do
Andreson, ele será monitorado quando tiver alta e só irá voltar a atuar
quando for tratado”, finaliza.
Amese
Na manhã desta quinta-feira, 24, a Associação dos Militares do Estado
de Sergipe (Amese) oficiou ao comando da PM a reabertura do Núcleo de
Atenção Psicossocial da corporação, que foi fechado há mais de um ano.
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