O corpo do bebê de apenas 11 meses de
vida, que morreu após o desabamento do prédio no fim de semana, foi
sepultado na tarde desta quarta-feira (23) no Cemitério João Batista, em
Aracaju. Ele ficou durante mais de 34 horas sob escombros com o pai, o
servente de pedreiro, Josivaldo da Silva, da mãe, Vanice de Jesus, e da
irmã. Ane Gabriele de Jesus. Eles foram resgatados com vida pelos
bombeiros, mas o bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu a
caminho do hospital.
A primeira a chegar ao cemitério foi a
mãe do bebê. “Durante o tempo que ficamos soterrados tentamos
reanimá-lo, quando ele estava acordado, a gente brincava e conversava,
mas ele foi ficando muito fraco”, lamenta.
O servente de pedreiro, Josivaldo,
chegou em seguida para se despedir do filho. “Cada pessoa vem ao mundo
com uma missão e ele cumpriu a dele. Vou ter que cumprir a minha também.
A saudade é grande, mas acredito que Deus está com ele e com a gente
também, peço o consolo para a nossa família”, disse.
Segundo ele, perder o filho foi o pior momento do drama que enfrentou. “Foi a maior dor que já senti, mas vou superar”.
Alta médica
Os pais do bebê, Josivaldo da Silva e
Vanice de Jesus receberam alta médica na manhã desta quarta-feira (23) a
irmã dele, Ane Gabriele de Jesus, que também estava internada no
Hospital de Urgência de Sergipe, foi liberada ontem e está na casa de
uma tia.
Em seu primeiro momento com a família,
Josivaldo agradeceu as equipes de resgate e o acolhimento. “Sou grato
primeiramente a Deus, mas é maravilhoso ver todos da minha família me
dando apoio. Quero agradecer também a todas as pessoas que trabalharam
para salvar a minha família e oraram por nós”.
Ele lembrou também o drama que passou e
falou ao G1 que quando a laje começou a desabar ele tento proteger a
esposa e as crianças. “Foi tudo muito rápido e quando percebi que ia
desabar, coloquei a minha perna para suportar a laje. Estou bem de
saúde, mas ainda sinto dores na perna porque o tombo foi grande”,
garante.
Josivaldo encerrou fazendo planos para o
futuro. “A vida segue e vamos fazer valer. Fiz promessas pedindo que
Deus nos salvasse e agora temos que agradecer de alguma forma. Quero
trabalhar e ficar junto com a minha família para esquecer essa
tragédia”.
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