Fato registrado na Diomedes Silva ganha repercussão nacional
João Alves Filho: "Foi um caso isolado" (Foto: Portal Infonet) |
O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), garantiu na manhã desta
sexta-feira, 28, durante coletiva de imprensa, que a exigência do
fardamento seja com a logomarca da administração anterior ou da gestão
atual, na Escola Municipal Professor Diomédes Silva Santos, localizada
no bairro Santa Maria, foi um caso isolado, que o deixou
“transtornado”. Ele promete punir que está exigindo farda com logomarca
da gestão atual.
O fato ganhou repercussão nacional, em matéria da TV Sergipe exibida no
Bom Dia Brasil desta sexta-feira, 28, seguida de um comentário duro do
jornalista Alexandre Garcia.
A farda da gestão atual tem uma faixa verde e da gestão anterior, laranja (Foto: Reprodução Rede Globo) |
“Isso foi um caso isolado. Quando eu vi a matéria achei que era uma
loucura, fiquei transtornado. Eu, por natureza, nesses meus 39 anos de
política, nunca escolhi ninguém por coloração política. Se eu estivesse
proibindo a entrada dos estudantes por causa da cor da camisa da gestão
passada, seria estar desmentindo toda a minha biografia. Não há
proibição de entrar sem farda, o que ocorreu foi algo pontual”, garante.
Quanto à exigência da logomarca, João Alves Filho lembrou que na sua
administração, servidores que eram de outra gestão continuam trabalhando
normalmente na Prefeitura de Aracaju. “Os ocupantes de Cargos em
Confiança continuam aqui, sejam do PT, do PSOL, inclusive na
Comunicação”, diz.
Providências
De acordo com o prefeito de Aracaju, não vai admitir quem fizer uma
exigência dessas de forma intencional. “Vamos estabelecer medidas
severas. Recomendei à secretária de Educação Márcia Valéria que tome uma
ação severa. Ela me informou que foi uma decisão pontual a partir de
uma interpretação equivocada. Não há problema algum em utilizar o
fardamento da gestão anterior", reafirma.
Indagado pelo Portal Infonet o fato de a própria Secretaria de
Educação ter admitido na matéria que a farda está sendo trocada por
conta da logomarca da gestão anterior, João Alves completou:
“Vocês são jornalistas e quando querem uma resposta ligam para os
assessores de Comunicação. Nesse caso, o assessor não estava na escola e
não estava rigorosamente a par do que estava ocorrendo, por isso a
superficialidade da justificativa”, acredita.
Repercussão
O fato ganhou repercussão nacional. Nas redes sociais, já são centenas
de compartilhamentos. Na matéria, mães se mostram angustiadas por terem
recebido apenas uma farda e com a proibição de não poderem usar a farda
com a barra laranja, da gestão anterior, os alunos ou estão comparecendo
com o fardamento sujo ou estão perdendo aulas, Para o jornalista
Alexandre Garcia destacou:
"Essa é a má lição de mostrar que a aparência vale mais do que o
conteúdo. Estão usando o público com interesses pessoais, indo contra o
que a Constituição diz que a administração tem que ser impessoal. É
projetar isso no uniforme das crianças, como se fosse camisa de atleta
com a propaganda do nome do patrocinador. É como se dissesse que quem
não veste a camisa do prefeito não pode entrar na escola".
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